Mergulhadores avançam em esforço de resgate em caverna na Tailândia
Mergulhadores passaram boa parte da segunda-feira (2) fazendo preparativos para o que esperam que seja o avanço final na busca por 12 garotos e seu técnico de futebol, desaparecidos há mais de uma semana numa caverna no norte da Tailândia.
O governador da província de Chiang Rai, Narongsak Osatanakorn, disse que os mergulhadores fixaram uma corda e posicionaram tanques de oxigênio ao longo da passagem estreita que acreditam que os levará aos meninos, com idades de 11 a 16 anos, e seu técnico de futebol, de 25, desaparecidos desde o dia 23 de junho, quando entraram no complexo de cavernas de Tham Luang Nang Non e ela foi inundada pouco depois.
Mergulhadores de elite tailandeses e socorristas de outros países avançaram pela passagem estreita na manhã da segunda, depois de passarem por uma caverna importante no domingo onde a água barrenta que chegava a um alto nível havia bloqueado seu avanço anteriormente.
Narongsak disse que a passagem pela qual os mergulhadores estão avançando sobe em alguns trechos, desce em outros e é muito estreita, dificultando a passagem dos mergulhadores com seus equipamentos.
A passagem dos mergulhadores tem sido dificultada em vários momentos pelas águas cada vez mais altas que encheram seções do complexo de cavernas e os obrigou a recuar por motivos de segurança. Quando o nível da água baixou, no domingo, eles avançaram mais metodicamente, estendendo uma linha de cordas e tanques de oxigênio adicionais ao longo do caminho.
A página do Facebook das forças especiais tailandesas anunciou que na noite de domingo (1º) os mergulhadores chegaram a uma curva onde o corredor de um quilômetro de comprimento bifurca. Os mergulhadores estavam indo em direção a uma caverna de chão arenoso no nível mais alto do complexo, onde acreditam que o grupo possa estar em segurança.
Na segunda-feira, eles voltaram a aplicar o método de segurança em primeiro lugar para avançar pelo corredor.
O governador explicou na segunda que as linhas de cordas e os tanques de oxigênio colocados em diversos pontos do caminho permitirão que os mergulhadores avancem.
O clima de expectativa cresceu desde o domingo, mas as autoridades evitaram fazer previsões quanto ao cronograma da operação de resgate. Publicamente, elas continuam otimistas.
“Teoricamente falando, as pessoas podem sobreviver 30 dias [sem alimentação], disse Narongsak aos jornalistas. “Acreditamos e esperamos que seja o caso. Ainda temos esperança.”
Ele disse que, em vista da condição em que os garotos provavelmente estarão, eles não conseguirão mexer braços e pernas em um primeiro momento, mas que as equipes médicas lhes darão tratamento no local. As equipes de mergulhadores incluem médicos que já estiveram dentro da caverna.
Além dos mergulhadores, as equipes de resgate vêm trabalhando para bombear água para fora da caverna. Outros esforços incluíram a busca de aberturas na montanha que possam servir como “acesso pelos fundos” às áreas bloqueadas onde os garotos talvez possam estar.
Equipes vasculharam a montanha em busca de fissuras que possam conduzir a tais aberturas. Foram encontradas várias fissuras, e exploradores conseguiram descer por algumas delas, mas ainda não está claro se elas vão levar a algum lugar útil.
Narongsak disse que seis aberturas estão sendo exploradas. Helicópteros levaram equipamentos pesados de perfuração para a montanha. O plano é ampliar algumas dessas aberturas.
Especialistas de todo o mundo em resgates em cavernas continuam a se reunir no local. Uma equipe oficial australiana seguiu uma equipe militar americana, espeleólogos britânicos, socorristas chineses e vários outros grupos de voluntários de diversos países.
“As condições são difíceis e há muita preocupação com a segurança, na medida em que o ambiente externo está contribuindo para o ambiente interno”, disse a capitão da Força Aérea americana Jessica Tait, parte de uma equipe de 30 militares americanos que estão ajudando na operação de resgate, aludindo à chuva que vem alagando a caverna.