Mesmo com paralisação dos caminhoneiros, lucro da BR Distribuidora salta 276%

A BR Distribuidora registrou um salto de 275,7% no lucro líquido do segundo trimestre na comparação anual, para R$ 263 milhões, em meio a uma expansão de dois dígitos da receita líquida amparada em preços mais altos.

O resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou R$ 508 milhões, alta de 5,6% na comparação anual, "mesmo enfrentando impactos gerados pela greve dos caminhoneiros", disse a distribuidora da Petrobras em resultado divulgado na noite de quarta-feira (1º).

A margem Ebitda ajustada em porcentagem da receita líquida caiu para 2,2%, ante 2,5% no mesmo período do ano anterior.

"O efeito da greve ficou resumido aos ajustes nos estoques de diesel, gerando uma perda de aproximadamente 200 milhões de reais, o que corresponde a uma redução de cerca de R$ 20 por metro cúbico na margem Ebitda ajustada do segundo trimestre", disse a empresa.

A receita líquida no período de abril a junho subiu 21,2%, para R$ 23,6 bilhões, apesar da queda no volume de vendas de 4,2%, para 10,061 milhões de metros cúbicos.

"Seguimos sólidos na estratégia de manutenção da rentabilidade, atingindo a margem bruta de R$ 131 por metro cúbico, com acréscimo de 7,6% em relação ao segundo trimestre de 2017.

O resultado financeiro foi deficitário em R$ 269 milhões, ante resultado positivo de R$ 88 milhões no mesmo período do ano passado.

 

DISTRITO FEDERAL E CURITIBA

A BR Distribuidora informou nesta quarta-feira (1º) que a Justiça do Distrito Federal determinou bloqueio de R$ 263 milhões de contas da companhia como medida preventiva para eventual ressarcimento dos prejuízos causados por supostos crimes investigados no âmbito da Operação Dubai.

A distribuidora de combustíveis da Petrobras informou que em desdobramento da operação, que investiga organização criminosa dedicada à formação de cartel no mercado de revenda de combustíveis no Distrito Federal, foram denunciadas na terça-feira (31) 28 pessoas, dentre as quais um empregado e dois ex-funcionários da companhia.

A BR esclareceu em nota que não é ré no processo criminal e que está adotando todas as medidas legais disponíveis para a liberação dos valores bloqueados.

Na manhã de terça-feira (31) em Curitiba (PR), a operação Margem Controlada prendeu oito executivos das três maiores distribuidoras de combustível do país, suspeitos de controlar ilegalmente o preço final do litro nos postos da capital paranaense.

Foram presos temporariamente três assessores comerciais da Petrobras Distribuidora S.A (BR Distribuidora), um gerente comercial e um assessor da Ipiranga Produtos de Petróleo S.A e um gerente e dois assessores comerciais da Raízen, que opera com a bandeira Shell.

A BR Distribuidora disse que "pauta suas atuações pelas melhores práticas comerciais, concorrenciais, a ética e o respeito ao consumidor" e que exige o mesmo comportamento de seus parceiros.

A Raízen diz que acompanha o caso e que está à disposição das autoridades para esclarecimentos. "Importante reforçar que os preços nos postos de combustíveis são definidos exclusivamente pelo revendedor, e a Raízen não tem qualquer ingerência sobre isso", disse a empresa, em nota.

A Ipiranga também negou exercer qualquer influência sobre o preço cobrado nas bombas, e disse que as medidas cabíveis serão tomadas assim que tiver acesso ao inquérito.

 

Source link

« Previous article Papa muda doutrina da Igreja e pena de morte passa a ser inadmissível
Next article » Tailândia começa a construir museu sobre o resgate de meninos na caverna