Microsoft quer criar um mundo de hologramas
O objeto está ali, mas não está.
É esse o serviço apresentado pela Microsoft neste domingo (24), em Barcelona: a criação de uma plataforma que permite que objetos virtuais colocados no mundo real em um sistema realidade aumentada sejam compartilhados por dispositivos diferentes.
Conforme descreveu o engenheiro da Microsoft Alex Kipman, a ideia é criar um mundo de hologramas.
O meio-campo seria feito por meio do Azure Spatial Anchors, um sistema na nuvem. Na prática, ele mapeia a posição de um objeto virtual em algum ponto fixo do mundo real. Outras pessoas com um dispositivo conectado poderiam ver esse mesmo objeto, inserido na imagem de câmeras, como se ele realmente estivesse lá.
Uma prévia da tecnologia já está disponível para o público.
Kipman demonstrou a ideia no palco. Ele colocou posicionou um modelo 3D de um motor, virtual, à sua frente usando o HoloLens 2 que podia ser visto por uma convidada, do outro lado do palco, por meio da câmera de um iPad.
Com isso, outras pessoas conectadas poderiam ver o objeto por meio de suas câmeras —seja ela num outro HoloLens, num dispositivo Android ou iOS (iPhone e iPad)— onde foi colocado originalmente.
No meio industrial, por exemplo, essa tecnologia pode ser usada para inserir um monitor virtual de uma máquina ao lado do dispositivo real, segundo a empresa. Ou seja, ao apontar a câmera para um equipamento, um funcionário poderia ver informações sobre seu funcionamento.
Neste domingo, a Microsoft anunciou também uma nova versão de seus óculos de realidade mista, o HoloLens, e uma câmera inteligente, que usa inteligência artificial para analisar o que acontece nas imagens capturadas.
A realidade mista é a tecnologia que permite a visualização de objetos virtuais como se estivessem inseridos no mundo real por meio de lentes especiais. A inteligência artificial se refere ao uso de mecanismos ou programas de computador para tentar imitar a inteligência humana.