Morre deputado argentino baleado em ataque próximo ao Congresso
Morreu no fim da tarde deste domingo (12) o deputado Héctor Olivares, da União Cívica Radical, partido da base aliada do presidente Mauricio Macri. Olivares foi baleado na última quinta-feira (9) a uma quadra do Congresso Nacional.
No dia do crime, as autoridades de segurança e inclusive o presidente Mauricio Macri consideraram que o ataque havia sido político, e prometeram ir "até as últimas consequências" para descobrir as causas do ocorrido.
Depois disso, porém, evidências foram surgindo de que o alvo dos criminosos na verdade era seu acompanhante, Miguel Yadón, que morreu no próprio local, e que o motivo seria uma briga por ciúmes por conta de seu envolvimento com a filha do atacante.
Já há seis pessoas presas suspeitas do crime, todas pertencentes a um clã de ciganos, mas a conclusão do caso ainda está em aberto.
Olivares era deputado pela província de La Rioja e passou os últimos dias em estado crítico —ele passou por diversas operações no hospital Ramos Mejía.
As imagens do ataque foram reproduzidas pelas TVs locais à exaustão, por mostrarem claramente como foi o crime e as circunstâncias estranhas em que ocorreu.
Os atacantes se encontravam dentro de um carro estacionado, esperando que as vítimas, que costumavam caminhar por ali todas as manhãs, aparecessem.
Yadón, funcionário de uma estatal elétrica, era também assessor de Olivares, era casado e teria se envolvido com a filha do agressor.
As imagens mostram que Yadón morreu na hora, enquanto o criminoso deixa o carro para olhar suas vítimas.
Olivares aparece pedindo socorro e caminhando, trôpego, em busca de ajuda.
O assassino, porém, não dá um tiro de misericórdia em Olivares, apenas constata a morte de Yadón e parece se dar por satisfeito. No momento em que um policial se aproxima da cena, ele e seu acompanhante deixam o local de carro.