México será teste para a idade da zaga do Brasil

A ilusão da Alemanha de que poderia conquistar o primeiro bicampeonato mundial desde o Brasil em 1962 começou a desmoronar por causa da velocidade da sua dupla de zagueiros. Aos 35min do seu jogo de estreia na Copa da Rússia, num contra-ataque do México, Lozano recebeu a bola perto da área, cortou Özil dentro dela e marcou o único gol da partida. Não havia nenhum zagueiro perto dele.

No início do lance, o zagueiro Hummels foi lento no desarme e escorregou. O colega Boateng, que estava cerca de 8 m à frente dos mexicanos, não conseguiu fazer a cobertura.

Com a derrota na estréia, a Alemanha sempre ficou em posição delicada para tentar se classificar e acabou eliminada. Até o Mundial, a dupla Boateng e Hummels, que havia sido titular na conquista do tetra, era considerada uma das mais seguras entre todas as seleções do mundo.

O que torna preocupante a situação do Brasil no confronto desta segunda-feira é a diferença de idade entre os zagueiros da Alemanha e do Brasil: a dupla Thiago Silva e Miranda é, na média, quatro anos mais velha do que a parelha alemã. Os primeiros têm 33 anos e os outros, 29.

Em ambos os casos, os zagueiros do mesmo país têm uma diferença de idade entre eles inferior a três meses –no caso brasileiro, são apenas 15 dias.

Embora mais velha, a dupla brasileira é menos experiente em Copas: Dos quatro, Miranda é o único que não disputou a Copa de 2014, no Brasil –a dupla alemã foi campeã com 25 anos de idade.

E nas oitavas, não há chance de recuperação. Quem perder vai embora.

Se o Brasil passar pelo México –num jogo em que é favorito–  e pelas quartas-de-final também, poderá ter de enfrentar um desafio ainda maior nas semifinais.

O atacante francês Mbappé registrou até aqui a maior velocidade de corrida nesta Copa: 37 km/h, numa arrancada contra a Argentina. E ao contrário de Lozano, que, aos 22 anos, ainda não é considerado um destaque no mundo do futebol, Mbappé, já é, aos 19, apontado como um possível futuro candidato ao posto de melhor do mundo.

O Brasil tem uma das defesas mais eficientes da Copa até agora. Vamos ver qual será o remédio que Tite vai criar para essa questão.

 

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