'O Brasil está mudando. Caetano Veloso é para sempre', diz WP
Sob o título acima, o Washington Post resenhou o show de Caetano Veloso na capital americana, lembrando a prisão e o exílio pela ditadura militar. "O trauma cimentou o compromisso de Veloso com um Brasil democrático", escreve o crítico de música Chris Richards.
O músico que buscava nos anos 1960, nas suas próprios palavras, "uma ambiciosa intervenção no futuro", volta a lutar pela democracia, enfatiza o WP, citando o artigo que escreveu para o New York Times, "Tempos sombrios estão vindo para o meu país", sobre Jair Bolsonaro.
"O futuro está aqui (pelo menos por enquanto). O Brasil elegeu um presidente de extrema direita e Veloso está em turnê pelo planeta novamente", escreve Richards, que encerra a resenha descrevendo o momento em que o músico se levanta e, no canto do palco, deixa Moreno, Zeca e Tom interpretarem sozinhos:
"Agora ele estava dançando com a música de seus filhos -- pés ainda tocando o chão, entrando em um futuro que ainda pode ser mudado."
'NOUS, QUI VOYONS LA DÉMOCRATIE MOURIR'
Sob o título "Nós, que no Brasil vemos a democracia morrer...", a professora de filosofia Márcia Tiburi, que foi candidata do PT ao governo do Rio, e o juiz Rubens Casara escrevem artigo de alerta, resumido assim pelo Libération, jornal de referência da esquerda francesa:
"O advento de um regime neoliberal e ultra-autoritário no Brasil deve servir de alerta: Franceses, a hora não pode ser mais de divisão das forças progressistas."