Observadores da UE dizem que candidatos não competiram igualmente no Paquistão
Uma equipe de monitoramento eleitoral da União Europeia afirmou nesta sexta-feira (27) que a campanha pelas eleições gerais no Paquistão, realizas nesta quarta, apresentaram "falta de igualdade" entre os candidatos e partidos.
"Apesar de haver diversas leis garantindo condições equitativas, chegamos à conclusão de que houve falta de igualdade e de oportunidade", afirmou Michael Gahler, observador-chefe da Missão de Observação Eleitoral da UE.
O ex-jogador de críquete Imran Khan declarou vitória no pleito nesta quinta. Na sexta, seu principal opositor, Shehbaz Sharif, reconheceu sua derrota e disse que vai passar à oposição.
Os resultados oficiais não foram divulgados, e houve inúmeras denúncias de irregularidades na contagem dos votos.
"Muitos dos nossos interlocutores reconheceram um esforço sistemático para deslegitimizar o partido governista por meio de casos de corrupção, de desrespeito a tribunais e de acusações de terrorismo contra seus líderes e candidatos", afirmou Gaher.
A missão teve 120 observadores que visitaram 582 centros de votação em todas as províncias, exceto o Baluquistão.
Gahler afirmou que os observadores não constataram uma interferência militar direta nas seções que avaliaram.
"No dia da eleição, a votação foi avaliada como bem conduzida e transparente. No entanto, a contagem foi um tanto problemática com pessoas não podendo acompanhar os procedimentos."
Na quinta-feira, uma fonte do Departamento de Estado americano afirmou ao Financial Times que os EUA "estão preocupados com relatos de restrições à liderdade de expressão, de associação e de imprensa nos dias antes das eleições".