Ocupação de galpão logístico segue em alta no 2º tri, mas ainda não anima setor
O setor de galpões industriais de alto padrão registrou uma alta na taxa de ocupação no segundo trimestre. Em São Paulo, principal mercado do país, o aumento ficou entre 1 e 2,5 pontos percentuais, segundo consultorias imobiliárias.
As eleições e a quantidade de obras a ser entregues, porém, impedem que o setor trace projeções mais otimistas.
A vacância deverá cair 0,5 a 1 ponto percentual nos próximos trimestres, a não ser que donos de condomínios logísticos entreguem seus estoques simultaneamente, diz Giancarlo Nicastro, da plataforma de informações Siila.
“O volume de projetos é muito maior que a demanda, muitos fundos fizeram captações. Se investidores não tiverem cautela e construírem tudo de uma vez, haverá uma explosão na vacância e uma derrubada dos preços.”
“Com o quadro político incerto e o desemprego ainda alto, o segundo semestre deverá ter desempenho aquém do ideal”, afirma Mario Sergio Gurgueira, diretor da Cushman & Wakefield.
“Os últimos seis meses do ano costumam ser melhores que os primeiros, então a tendência é que o mercado ande de lado, sem quedas ou picos.”
Os preços, que sofreram nos últimos anos com o aumento da oferta, deverão levar mais tempo para se recuperar, diz Ricardo Hirata, da JLL.
“Ainda vemos uma leve queda por causa de novos lançamentos. O que já percebemos de diferente é o oferecimento de menos meses de carência e descontos menores sobre o valor inicial.”
Com o pé no freio
A intenção dos empresários do comércio paulistano de fazer investimentos em seus negócios caiu 2,1% em julho, segundo a FecomercioSP (federação do comércio).
Houve queda também na expectativa de contratações no setor no período, de 6,1%.
“Os comerciantes estão cautelosos com a fraca geração de empregos, que afeta o movimento. A estimativa é de um Dia dos Pais similar a 2017 [quando as vendas caíram 0,5%]”, diz Guilherme Dietze, economista da entidade.
“O movimento de Natal depende do 13º salário e poderá vir menor que o esperado.”
Varejo aperta os cintos
Após um crescimento de 2,78% em junho em relação ao mesmo mês de 2017, os supermercados de São Paulo deverão registrar pelo menos três meses de vendas fracas, segundo a Apas (associação paulista do setor).
“As datas carro-chefe do primeiro semestre ficaram para trás e julho, agosto e setembro não deverão ser bons. A previsão é de estabilidade ou um aumento de até 1%”, diz Thiago Berka, economista da entidade.
“Com a proximidade das eleições, o consumidor fica em compasso de espera. A partir de outubro a tendência é de melhora.”
Junho poderia ter sido um mês recorde para os supermercados de São Paulo, não fosse a paralisação dos caminhoneiros que ocorreu no fim de maio, diz ele.
“As vendas de alguns itens subiram 50% com a Copa do Mundo. Sem a greve, seria um período brilhante —sobretudo se a seleção brasileira avançasse mais na competição.”
Rio São Francisco poderá render dinheiro até com navegação
As águas transpostas do rio São Francisco deverão ser usadas comercialmente de quatro maneiras: venda para companhias de abastecimento e para clientes individuais (como indústrias), geração de energia e navegação.
O BNDES escolheu na segunda-feira (30) um consórcio para fazer os estudos que vão nortear as formas de remuneração pelo uso da água.
A assessoria financeira BF Capital, o escritório de advocacia Azevedo Sette e a construtora Aecon formam o grupo responsável para formular as sugestões de exploração.
Parte da tarefa é chegar a uma cifra de quanto custarão as diferentes operações para propor um modelo de contrato entre os estados e as empresas interessadas, segundo Ricardo Sucupira, presidente da BF Capital.
“Haverá mais concessões se optarem por cobrar pelo uso. Caso se decida entregar água de graça na ponta final ou subsidiar muito o consumo, serão PPP (parcerias público-privadas).”
O prazo para a entrega do documento é de 24 meses. “Devemos concluir antes, em cerca de 18 meses, e daí vai para o BNDES”, afirma Rafael Adler, sócio do Azevedo Sette.
Para empresas A Hub Fintech, startup de meios de pagamento do investidor Carlos Wizard, vai aportar R$ 12 milhões em um portal para clientes corporativos e no seu serviço de impressão de cartões.
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...o protocolo Isso coloca o país em 10º entre os 14 pesquisados. Os Estados Unidos ocupam o topo da lista. Aproximadamente 6% de suas companhias o fazem.
com Felipe Gutierrez, Igor Utsumi e Ivan Martínez-Vargas