Palmeiras quebra duas maiores séries de vitórias no Brasileiro
O técnico do Internacional, Odair Hellmann, foi enfático ao ser questionado sobre a chance de empate por 0 a 0 contra o Palmeiras. Desprezou a hipótese, depois confirmada: “Não sofremos gols há 5 jogos e eles há 8, mas é necessário lembrar que fizemos gols em todas essas partidas”, disse o treinador.
O Internacional encerrou uma série de dez jogos seguidos fazendo gols e perdeu a chance de ser o primeiro time deste Brasileiro com seis vitórias consecutivas.
Parou na defesa que ninguém passa, nove jogos em sequência sem sofrer gols, do Palmeiras.
As duas séries mais longas de vitórias deste ano são de cinco jogos e ambas acabaram contra o Palmeiras.
O Flamengo tinha vencido Atlético-MG, Bahia, Corinthians, Fluminense e Paraná, antes do empate no Allianz Parque, em 13 de junho. O Internacional vinha de triunfos contra Botafogo, Atlético-MG, Fluminense, Paraná e Bahia. A sequência terminou no Beira-Rio, neste domingo (26).
Longos períodos sem perder e, principalmente, com vitórias consecutivas, são sempre sinais de força.
Apenas não ser derrotado é tratado muitas vezes com menosprezo. Quando o Corinthians começou a campanha do título paulista invicto, em 2009, ninguém dava bola. Mas time que não perde tem de ser observado com atenção. Também ganhou a Copa do Brasil naquele mesmo semestre.
Sequências assim são muito mais difíceis no Brasileiro do que em outros campeonatos nacionais. Em 2017, o Corinthians teve uma série de 6 vitórias e outra de 5. O Manchester City ficou 18 rodadas seguidas vencendo. O Barcelona passou 7 rodadas consecutivas duas vezes. O Bayern teve 10 vitórias seguidas.
A razão é clara e não é apenas pela qualidade dos jogadores, mas pela estabilidade do trabalho. As 18 vitórias seguidas do City aconteceram na segunda temporada de Pep Guardiola. Na primeira, o City não ganhou nada.
O São Paulo bateu na trave de completar cinco vitórias consecutivas na quarta (22), em Curitiba, contra o Paraná. Das últimas 7 partidas, venceu 6 e empatou 1.
Mostrou rapidamente, depois da Copa, que tinha se transformado com um mês de treinos. Tornou-se candidato ao título com boas atuações contra Corinthians, Flamengo e Cruzeiro. Jogou mal contra Chapecoense e Paraná.
Voltou a ser convincente contra o Ceará, apesar de vencer mais no abafa do que no talento. Nenê comemorou o fato de a equipe voltar a jogar bem.
O Ceará bloqueou o meio e obrigou o São Paulo a jogar pelos lados. Além disso, dobrava a marcação nas pontas. Sem repertório, o time de Aguirre levantou 30 bolas cruzadas. Finalizou 21 vezes. Poderia abrir o marcador mais cedo.
No Beira-Rio, o Palmeiras adiantou a marcação, marcou a saída de Rodrigo Dourado e pressionou o homem da bola. Nos primeiros 30 minutos, finalizou 10 vezes. O Internacional, apenas 1. Felipão segue sua estratégia. O Palmeiras não tem time A. Tem o time B, de Brasileiro, e o C, de Copas. Wéverton joga nas duas, sem sofrer gols.
Desde 1987, quando Zetti ficou 12 partidas sem ser vazado, o Palmeiras não passava tanto tempo sem sofrer gols. A série atual já é a segunda maior de todos os tempos.
Jadson melhora
Desde que passou a jogar como meia central com Osmar Loss, Jadson sumiu. Não se livra da marcação e facilita a ação dos volantes. Contra o Paraná foi diferente. Em jogo fraco do Corinthians, deu passe para gol e foi protagonista, ajudando a quebrar a sequência de quatro partidas sem vencer.
Sem descanso
Cuca acerta aos poucos a forma de o Santos jogar. Derlis González e Bruno Henrique —Bryan Ruiz no segundo tempo— formam a linha de quatro homens do meio de campo. O Santos soma três vitórias consecutivas antes do jogo da Libertadores, contra o Independiente.