Para anular craque belga, Tite esqueceu bebedeira de corintiano em Mundial

O jogo entre Brasil e Bélgica marcará um reencontro de boas lembranças para o técnico Tite. Em 2012, no Japão, em busca de dar ao Corinthians o segundo título do Mundial de Clubes, o treinador teve de passar por cima de um episódio de bebedeira do atacante Jorge Henrique para anular Hazard.

Atual capitão e camisa 10 da seleção belga, Hazard jogava pelo lado esquerdo do Chelsea e era uma das principais preocupações do time alvinegro.

O jogador é o segundo artilheiro dos adversários do Brasil —ele marcou dois gols na Copa, enquanto Lukaku, camisa 9 do time, fez quatro.

Em uma das decisões mais difíceis de sua carreira, Tite tirou o meia Douglas do time titular e promoveu Jorge Henrique, que amargava o banco de reservas havia quase quatro meses, com problemas de comportamento e também porque não vinha jogando bem.

No último treino em São Paulo antes da viagem para o Japão, o atacante corintiano chegou bêbado. Mal conseguia fazer o famoso aquecimento de “bobinho”, segundo relatos de companheiros.

Logo após primeiro treino fora do país, em Dubai, nos Emirados Árabes, onde o Corinthians fez conexão, Tite teve conversa dura individualmente com o jogador e depois na frente de todo o grupo contou o que tinha acontecido, repetindo a bronca.

Disse que era “falta de lealdade” com o elenco.

Para o técnico, a reprimenda foi suficiente. Jorge Henrique entrou na vaga do meia Douglas, que jogara a semifinal, ajudou o lateral Alessandro pela direita, jogou como poucas vezes e anulou Hazard e também Ashley Cole, então lateral esquerdo do Chelsea.

A Bélgica não joga com a mesma formação tática que o time inglês nem o Brasil como o Corinthians. Nesta sexta, quem terá de ter uma tarde de Jorge Henrique será Willian, na frente, com ajuda de Paulinho no meio de campo, dando apoio para Fagner.

Hazard fez dois gols na estreia da Copa. O primeiro foi de pênalti, de pé direito, e o segundo foi em lance semelhante ao de Paulinho contra a Costa Rica, em uma infiltração —dessa vez com o pé esquerdo. O atacante chutou 11 vezes ao gol, cinco com a pontaria certa. Foi duas vezes bloqueado.

O camisa 10 belga vai tentar levar o país para a semifinal, o que aconteceu pela última vez em 1986. “É o momento desta geração. Agora ou nunca. Somos melhores que em 2014 e 2016, com mais experiência”, afirmou Hazard, que começou aos 17 anos no time nacional.

O atacante joga do lado esquerdo, como Neymar, e tem a companhia de Lukaku e Martens, mais à frente, e apoio de Carrasco e Witsel, pela lateral e meio de campo.

 

A Bélgica tem 100% de aproveitamento no Mundial e tem o melhor ataque do torneio. Foram 12 gols em quatro vitórias. O placar mais elástico foi de 5 a 2, contra a Tunísia, no segundo jogo.

Em entrevistas antes da partida, os belgas jogaram o favoritismo para os brasileiros.

Nesta quinta, o técnico Robert Martínez disse que a principal diferença entre os dois time é o fato de o Brasil ser pentacampeão do Mundo.

“A diferença é clara. As duas equipes são semelhantes em termos de qualidade. Temos talentos na seleção, mas nunca ganhamos uma Copa do Mundo”, afirmou o treinador.

Nesta campanha na Rússia, a Bélgica venceu a Tunísia, o Panamá, a Inglaterra e deixou pelo caminho das oitavas de final o Japão, em uma virada nos últimos minutos de jogo.

Com estilo mais ofensivo, vai buscar a quinta vitória do Mundial e a vaga na semifinal.

Source link

« Previous article Restrições logísticas dificultam venda de fatia da União no pré-sal, diz PPSA
Next article » Padilha assumirá Ministério do Trabalho após saída de Yomura