PF prende substituto de Nuzman na Rio-16 e investiga FGV

A Polícia Federal prendeu na manhã desta quinta-feira (16) Edson Menezes, ex-superintendente do Banco Prosper e ex-presidente da Bolsa de Valores do Rio. Ele é atualmente presidente do comitê organizador da Rio-16, e tem como função finalizar as atividades da entidade, repleta de dívidas.

Ele é suspeito de ter pago propina para atuar na preparação do edital de leilão da folha de pagamento dos servidores estaduais na gestão de Sérgio Cabral.

O banco Prosper foi subcontratado da FGV (Fundação Getúlio Vargas), contratada para fazer a consultoria ao estado no leilão. A entidade de ensino é investigada no caso.

O vencedor do leilão foi o Bradesco, não citado na apuração.

Em delação premiada, Carlos Miranda, apontado como gerente da propina de Cabral, disse que Menezes prometeu pagar R$ 6 milhões para atuar no negócio. O depoimento do colaborador foi revelado pela TV Globo na terça-feira (14).

Segundo Miranda, apenas parte da propina foi paga em dinheiro. O banco Prosper faliu e Menezes honrou outras parcelas com vinhos que abasteciam a adega do ex-governador em Mangaratiba.

Menezes é amigo do ex-presidente da Rio-16 Carlos Arthur Nuzman e ganhou assento no Conselho Diretor da entidade. Com a prisão do cartola, acusado de comprar votos no COI (Comitê Olímpico Internacional), ele acabou assumindo o comando da entidade.

Com uma dívida que supera R$ 200 milhões, a entidade tenta se reorganizar sua contabilidade para tentar alternativas para pagar credores. A Rio-16 faria uma última tentativa junto ao COI para obter apoio financeiro.

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