Pollock não atinge valor mínimo em leilão, e MAM-Rio deixa de vender tela
Grande estrela de um leilão da Phillips nesta quinta (15), a tela “Número 16” (1950), do americano Jackson Pollock, não atingiu o lance mínimo desejado pelo Museu de Arte Moderna do Rio, que, sem dinheiro, pretendia vender a obra para levantar recursos.
A expectativa era de que o quadro fosse arrematado por mais de US$ 18 milhões (cerca de R$ 68 milhões), mas os lances chegaram apenas a US$ 15,7, e a venda não se concluiu.
A tela foi dada de presente ao MAM do Rio, em 1952, pelo ex-vice-presidente americano e empresário Nelson Rockefeller, que havia adquirido a obra pouco antes por US$ 306.
A decisão do museu gerou controvérsia no circuito da arte no Brasil e encontrou resistência do Instituto Brasileiro de Museus. Mas, diante da situação financeira preocupante do MAM, o Ministério da Cultura deu aval para a venda do único Pollock acessível a visitação pública no Brasil.
O artista americano desenvolveu uma técnica na qual controlava a aplicação das linhas sobre o plano. No caso do “Número 16”, usou entre os materiais tinta prata aplicada no revestimento de radiadores.