Reforma da Previdência | Bolsonaro: Nada se falou de cargos em reuniões com líderes de partidos
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que não falou sobre a distribuição de cargos com caciques partidários. O presidente ocupou a agenda de hoje com encontros com líderes de diversos partidos, como PSDB, DEM e PSD.
"Pela manhã me reuni com vários presidentes e líderes de partidos. Tudo ocorreu em alto nível. Ao contrário do que propalado por alguns, nada se falou sobre cargos", tuitou.
Pela manhã me reuni com vários presidentes e líderes de partidos. Tudo ocorreu em alto nível. Ao contrário do que propalado por alguns, nada se falou sobre cargos. Executivo e Legislativo unidos, por uma causa que representa o futuro de nossos filhos e netos: a Nova Previdência.
- Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) April 4, 2019
Bolsonaro disse que o Executivo e Legislativo estão "unidos por uma causa".
"Executivo e Legislativo unidos, por uma causa que representa o futuro de nossos filhos e netos: a Nova Previdência", escreveu.
Bolsonaro sofreu duas derrotas no Congresso desde que assumiu a Presidência. Segundo líderes do centrão, a votação que derrubou um decreto presidencial e a que engessou o orçamento foram um alerta para o Palácio do Planalto, que não estava "dialogando" com os parlamentares.
Juntos, PSDB, PSD e DEM, partidos cujas lideranças já se encontraram com Bolsonaro pela manhã, têm 93 deputados federais na atual legislatura. Para que a reforma da Previdência avance na Câmara, são necessários 308 votos em dois turnos, já que se trata de uma proposta de emenda constitucional.
Bolsonaro durante audiência integrantes do PSD, entre eles, Gilberto Kassab, presidente nacional da sigla Imagem: Marcos Corrêa/PR
Os líderes partidários que se encontraram com Bolsonaro representam parte do apoio que o presidente precisa para aprovar a PEC da Previdência.
Na Câmara, o DEM lidera um bloco com PP, PSD, MDB e PTB, com 146 parlamentares. Para aprovar a PEC são necessários ao menos 308 dos 513 votos possíveis da Câmara.
Kassab disse que o partido faria "um esforço coletivo" para ajustar os pontos divergentes do texto elaborado pelo Ministério da Economia e, ao fim da tramitação, aprovar o projeto. Questionado sobre possíveis contrapartidas, respondeu de forma seca: "Isso seria até uma agressão.
Já o tucano Geraldo Alckmin (PSDB), que disputou a Presidência rivalizando com Bolsonaro, disse que "não há nenhum tipo de troca, não participaremos do governo, não aceitamos cargo do governo, e votamos com o Brasil".