Saiba quem foi o artista plástico Athos Bulcão que completaria 100 anos
Nesta segunda-feira (2), o artista plástico Athos Bulcão (1918-2008) completaria 100 anos. Em sua homenagem, o Google Doodle aparece em forma dos famosos azulejos do artista carioca.
Pintor, escultor e desenhista, Bulcão ficou conhecido pelos azulejos em prédios públicos e pontos turísticos no país. Neles, destacam-se a modulação e grafismo com base nas formas geométricas.
Entre os mais famosos estão a Igreja da Pampulha, de Belo Horizonte, no Congresso Nacional e Aeroporto Juscelino Kubitschek, ambos em Brasília.
Nascido em 1918, no bairro do Catete no Rio, Bulcão foi criado pelo seu pai —amigo e sócio de Monteiro Lobato— em Teresópolis. Em 1939, ele abandonou os estudos em medicina para dedicar-se à pintura.
Em 1944, faz a primeira mostra na inauguração da sede do Instituto dos Arquitetos do Brasil. Depois, ingressou no Serviço de Documentação do Ministério da Educação onde fez ilustração de catálogos, e livros, entre eles, o “Encontro Marcado” e “A Cidade Vazia” do mineiro Fernando Sabino.
Bulcão também desenhou capas de revistas como “Brasil Arquitetura” e “Módulos de Arquitetura”.
Em 1952, passou a recortar imagens fotográficas de origens diversas e montou novos conjuntos por ele fotografados. Suas fotomontagens surpreendem pela lógica que surgem das imagens associadas.
A partir de 1955, Bulcão passou a trabalhar com o arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012). Em 1957, integrou o grupo responsável pela decoração de Brasília. No ano seguinte, ele se mudou para Brasília, onde morou até o final da sua vida.
Além do Brasil, Bulcão também realizou trabalhos em Cabo Verde, França, Argélia, Itália e Argentina.
Durante a vida, foi amigo de modernistas como Burle Marx, Jorge Amado, Vinícius de Moraes, Ceschiatti e Manuel Bandeira. Também trabalhou com Candido Portinari, no painel de São Francisco de Assis da Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte.