Samsung apresenta seu primeiro celular dobrável, que custará R$ 7.400 nos EUA
A Samsung mostrou nesta quarta-feira (20) o seu primeiro smartphone dobrável, em San Francisco, dando início ao maior experimento em design de celulares desde o lançamento do iPhone, 12 anos atrás.
Telas dobráveis capazes de transformar instantaneamente um smartphone que cabe no bolso em um tablet de tela larga podem redespertar o crescimento nas vendas dos smartphones —ou representar um dispendioso fracasso para pioneiros desse formato, como a Samsung e a Huawei.
O Galaxy Fold, da Samsung, tem uma tela "Infinity Flex"de 7,3 polegadas, padrão Amoled, que pode ser dobrada pela metade como um livro para formar uma tela de 4,6 polegadas, usada como a de um smartphone regular.
"Hoje, a Samsung está escrevendo o próximo capítulo na história da inovação da tecnologia móvel, ao mudar o que é possível nos smartphones", disse DJ Koh, o chefe da divisão de tecnologia de informação e comunicações móveis da Samsung.
O aparelho custará US$ 1.980 (R$ 7.370) quando chegar às lojas dos EUA, em abril, informou a Samsung.
O lançamento da Samsung surge antes da demonstração de um modelo dobrável que a Huawei deve realizar neste fim de semana durante o Mobile World Congress, em Barcelona.
Ben Wood, analista da CCS Insight, disse que o Galaxy Fold "atrairia muito as pessoas que amam aparelhos", a despeito do preço alto e da preocupação de que ele talvez não passe de "uma solução à procura de um problema".
"[O novo modelo] ajudará a garantir que a [Samsung] se destaque como líder no mercado de smartphones, e lançar um produto antes dos rivais é um marco importante", disse Wood.
"Parece que ainda estamos na Idade da Pedra, no que tange a produtos com telas flexíveis. O Galaxy Fold é apenas o primeiro passo em uma longa jornada."
GALAXY S10
A Samsung mostrou o Fold em companhia de uma nova gama de aparelhos Galaxy S10, entre os quais o primeiro modelo a funcionar com redes móveis 5G.
Depois de vendas decepcionantes para o Galaxy S9 no ano passado, a Samsung acrescentou recursos, entre os quais um sistema de câmera traseira tripla —com lentes padrão, teleobjetiva e grande angular— e um escâner "ultrassônico" de impressões digitais escondido sob a tela.
Em lugar de um "recorte" como o do iPhone para permitir espaço para o sistema de câmera frontal, a nova tela "Infinity-O" da Samsung inclui um pequeno espaço para uma câmera de "selfies".
Tradução de Paulo Migliacci