Senador americano Marco Rubio visita local de ajuda na fronteira da Venezuela
Neste domingo (17), uma delegação norte-americana, que incluiu o senador republicano Marco Rubio, visitou a cidade colombiana de Cúcuta, na fronteira com a Venezuela, onde a ajuda humanitária destinada ao país sul-americano em crise vem sendo armazenada.
Enquanto o ditador venezuelano, Nicolás Maduro, impede a entrada de comida, remédios e outros mantimentos, o plano do líder opositor Juan Guaidó é iniciar a entrega dos pacotes no dia 23 de fevereiro.
Rubio, senador pelo estado da Flórida, teve papel importante ao convencer o presidente dos EUA, Donald Trump, a pressionar Maduro. O senador é um crítico do governo venezuelano e costuma se referir a Maduro nas redes sociais como ditador.
Próximo à ponte que liga os dois países e junto a centenas de manifestantes anti-Maduro que gritavam e agitavam bandeiras, Rubio disse que os Estados Unidos não abandonarão os venezuelanos.
"Uma coisa é ver humanos sofrendo, outra é se aproximar e encontrar as pessoas e ouvir suas histórias", afirmou Rubio. "O que está acontecendo na Venezuela é uma crise de proporções épicas produzida por um homem. Um regime criminoso que está disposto a deixar seu próprio povo faminto ou matá-lo antes de deixar o poder."
Washington não reconhece o governo de Maduro e apoia o líder da oposição, Juan Guaidó, que se declarou presidente encarregado em janeiro e foi reconhecido por 50 países.
A eleição que reelegeu Maduro é considerada ilegítima, uma vez que grande parte da oposição foi impedida de participar.
Guaidó promete acabar com a crise econômica na Venezuela, que provocou o êxodo de cerca de 2,3 milhões de pessoas desde 2015, segundo a ONU. A equipe de Guaidó anunciou ter recolhido mais de US$ 100 milhões em ajuda nas últimas três semanas.
Maduro é contra a entrada de ajuda no país porque, segundo ele, os Estados Unidos tentam criar uma crise humanitária para justificar uma intervenção militar.
Ainda que muitos países tenham reconhecido Guaidó como presidente encarregado da Venezuela, Maduro ainda tem o apoio de Rússia e China, além das Forças Armadas do país.