Setor têxtil volta a consumir mais energia após três quedas
O setor têxtil e de vestuário voltou a consumir mais energia no mercado livre (em que grandes clientes escolhem seus fornecedores) em agosto, após três quedas consecutivas na comparação com o mesmo mês de 2017.
A alta foi de 0,32%, segundo a Comerc. A comercializadora contabiliza a energia demandada pelo indústria de calçados nessa mesma categoria. No portfólio da Ecom Energia, o segmento usou 3% mais energia em agosto.
O consumo das empresas automotivas e de autopeças segue como o que mais sobe no portfólio da Comerc, com 8%, mesmo percentual observado pela Ecom. Na Capitale, o incremento é de 11%.
O consumo de energia pode ser considerado um indicador antecedente.
“O ramo vinha mais devagar. Essa alta está relacionada à maior produção para coleções futuras”, afirma Marcelo Ávila, vice-presidente de operações da Comerc.
“O mercado livre tem crescido em quase todos os setores, especialmente nas regiões onde a tarifa das distribuidoras é mais cara. A indústria de tecidos, uma das que vinham em queda, tem reagido”, diz Paulo Toledo, sócio da Ecom.
“Viemos de um movimento ruim, efeito da greve dos caminhoneiros e da economia lenta. A produção vai crescer até dezembro, mas esperamos receita estável para 2018”, diz o presidente da Abit (do setor têxtil), Fernando Pimentel.
A indústria, que iniciou este ano com expectativa de alta de 3,5% no faturamento, projeta agora estabilidade.
Aos candidatos
Marcio Coriolano
Presidente da CNSeg
A blindagem das reservas técnicas de seguradoras é uma das principais reivindicações que a CNSeg (confederação do setor) apresentará aos candidatos à Presidência.
Nas regras atuais, credores tributários, como União, estados e municípios, são ressarcidos antes em caso de falência ou liquidação extrajudicial das companhias.
Tramita na Câmara um projeto de lei que dá preferência aos segurados no recebimento dos valores contribuídos.
“A medida daria maior segurança aos beneficiários”, afirma Marcio Coriolano, presidente da entidade.
O segmento também pleiteia maior agilidade na aprovação de novos produtos pela Susep e pela Agência Nacional de Saúde (reguladoras do setor). “As fiscalizações punitivas feitas por esses órgãos poderiam ser mais efetivas”.
Propostas do setor de seguro para os presidenciáveis
Criação de novos produtos:
Prev Saúde
Previdência privada na qual as reservas são usadas para pagamento de planos de saúde após aposentadoria do segurado
Vida Universal
Seguro de vida em que o consumidor pode receber de volta parte das contribuições ao fim da sua vigência, caso o sinistro não ocorra
6,5%
é a participação do setor no PIB
152 mil
empregados pelo setor
118
seguradoras
1.053
operadoras de saúde suplementar
Mais cigarro para fora
A produção de cigarros no país cresceu 3,7% no acumulado deste ano até agosto, segundo a Receita Federal, que cobra os impostos sobre o produto na saída da fábrica.
O resultado foi influenciado pela alta de 72,3% das exportações e de 14,2% na produção de embalagens do tipo box, que representam a maior parcela do mercado local. A fabricação de maços caiu 11%.
“A percepção do consumidor é que esse modelo tem maior valor agregado”, diz Fernando Vieira, diretor da Philip Morris no país.
A previsão do setor é que a venda externa, que corresponde a 3% do mercado, ganhe representatividade com a recente autorização para que a indústria exporte maços com menos de 20 unidades.
“O formato existe em países como Uruguai, Paraguai e Colômbia. Pretendemos iniciar a produção dele ainda neste ano”, diz.
Terceirização da insulina
A Medtronic, de dispositivos médicos, vai abrir mão de comercializar parte de seus produtos no Brasil diretamente para o cliente final.
A empresa começará a vender insumos para suas bombas de insulina exclusivamente pelo canal de televendas das drogarias Onofre. O aparelho em si seguirá fornecido apenas pela multinacional.
A ação busca elevar a presença da empresa no mercado, segundo o vice-presidente no país, Miguel Velandia.
“Há 1,5 milhão de pessoas com diabetes tipo um no Brasil e a estimativa é que atendamos algo na faixa de 5 mil a 6 mil”, diz Velandia.
“É um tratamento que representa 8% do nosso faturamento no país. Tivemos anos bons recentemente, mas há uma oportunidade muito grande para crescer.”
A parceria é também uma forma de reduzir custos. O preço é um dos maiores obstáculos aos tratamentos com bombas de insulina da companhia, que hoje variam de R$ 30 mil a R$ 60 mil por ano.
US$ 7,38 bilhões
(R$ 29,6 bi) foi o faturamento global de maio a julho
US$ 572 milhões
(R$ 2,3 bi) foi a receita do segmento de diabetes
500
são os funcionários no país
No aguardo... O percentual de brasileiros com celular pré-pago caiu de 61,6%, em junho de 2017 para 58,1% no mesmo mês de 2018, segundo a Kantar Worlpanel.
...do boleto A fatia que escolhe pós-pago foi a que mais cresceu, de 14,6% para 17%, enquanto 16,6% optam por planos com controle de gastos, diz a consultoria.
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com Felipe Gutierrez, Igor Utsumi, Ivan Martínez-Vargas e Diana Lott