São Paulo faz homenagem virtual e não prevê afago a Ceni no estádio
O Campeonato Brasileiro terá neste domingo (12) um confronto inédito. Pela primeira vez, o ex-jogador e agora técnico do Fortaleza, Rogério Ceni, enfrentará o São Paulo, clube que defendeu por toda carreira como atleta e estreou como treinador.
Especial para o torcedor, o encontro é tratado como mais um jogo pela direção do clube, que não prevê afagos antes da disputa no Castelão. Para a partida diante do Fortaleza, nenhum tipo de homenagem para o ex-ídolo foi preparada.
De acordo com a assessoria da presidência, um tributo a Rogério - que fez 1.237 jogos com a camisa do clube - está sendo feito pelas redes sociais e no site oficial do São Paulo. Foi postado um material contando a trajetória do ex-jogador no Morumbi, em que são mostrados os títulos que ele ganhou.
Ainda há entre Ceni e o atual presidente uma rusga. No CT da Barra Funda, o sentimento em relação ao ex-capitão é de respeito.
“O Rogério é um ídolo inquestionável. Um dos maiores jogadores da história do São Paulo. Mas quando a bola rolar temos que defender a nossa camisa”, afirmou o volante Hudson. Do elenco atual, Hernanes, Jucilei, Reinaldo e Alexandre Pato foram companheiros de Ceni quando ele ainda estava na ativa.
O distanciamento do ex-jogador e o clube se deu após sua queda, em 2017. Como técnico, Rogério acumulou eliminações no Paulista, Copa Sul-Americana e também na Copa do Brasil. A queda aconteceu após a derrota de 2 a 0 para o Flamengo na 11ª rodada do Brasileiro de 2017, quando o time entrou na zona de rebaixamento.
Demitido com sete meses na função de técnico, o ex-goleiro não gostou da forma como Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, o tratou. Na época, o mandatário creditou a troca de comando à falta de resultados do ex-ídolo à frente da equipe principal e minimizou a responsabilidade da diretoria pelo mau momento do time.
“A diretoria não tem nenhuma responsabilidade direta. A diretoria teve a coragem de contratá-lo sendo uma figura desconhecida e novata no tema da direção técnica”, afirmou o presidente após a demissão.
Quando Rogério Ceni conquistou o Brasileiro da Série B pelo Fortaleza no ano passado, ele, sem citar o nome de Leco, cutucou o cartola. “Quem sabe um dia, depois de 2020 [quando termina o mandato de Leco no Morumbi] a gente volta a trabalhar no São Paulo. Agora não é o momento”, afirmou.