Sobe para 17 o número de mortos pelo furação Michael
O número de mortos nos EUA pela passagem do furacão Michael subiu para 17. E as autoridades temem que possa ser ainda maior à medida que as equipes de busca e resgate rastreiam os escombros das cidades da Flórida que sofreram maior impacto.
Michael atingiu a costa mexicana na última quarta-feira (10) como um furacão de categoria 5 na escala Saffir-Simpson. Depois, porém, perdeu força e se tornou um ciclone pós-tropical e, na sexta-feira (12), virou forte tempestade, afastando-se da costa americana no início da manhã deste sábado (13).
As equipes de resgate usam cães farejadores na pequena cidade de Mexico Beach, 30 km a sudeste de Panama City, para procurar por vítimas que possam estar sob os escombros.
A descoberta, na noite de sexta-feira, do corpo de um homem idoso em Mexico Beach elevou para oito o número de mortes causadas pelo furacão na Flórida.
Michael também afetou outros estados em seu avanço ao longo da costa leste dos EUA, deixando cinco mortos na Virgínia, um na Geórgia e três na Carolina do Norte.
"O número de mortos deve aumentar entre hoje e amanhã, à medida que avançamos nos escombros", disse à CNN Brock Long, gerente da Fema, a agência federal de gerenciamento de emergências.
Cerca de 2.000 membros da Guarda Nacional da Flórida e 3.000 integrantes da Fema atuam nos trabalhos de resgate e recuperação das áreas atingidas.
Segundo as autoridades, mais de um milhão de residências ficaram sem eletricidade nesta sexta-feira: 350 mil delas na Flórida.
O presidente Donald Trump disse que pretende visitar os locais atingidos. "Vou visitar a Flórida e a Geórgia no início da próxima semana. Estamos trabalhando muito em todos os estados que foram atingidos, e estamos com você!", tuitou o presidente.
Devastação impensável
Os ventos de 250 km/h arrancaram várias casas de suas fundações em Mexico Beach, que tem cerca de 1.000 habitantes. A maioria dos acessos à cidade ficou intransitável.
O governador da Flórida, Rick Scott, chamou a situação de "devastação impensável" e disse que a prioridade era procurar sobreviventes entre as pessoas que não deixaram o local.
O governador da Carolina do Norte, Roy Cooper, também informou que mais de cem pessoas foram resgatadas e muitas outras foram deslocadas devido às inundações no estado.
A rapidez com que a tempestade se formou e cresceu surpreendeu especialistas e pegou os moradores desprevenidos. O gerente da Fema, Brock Long, descreveu Michael como o furacão mais intenso a atingir a área desde 1851.
No ano passado, uma catastrófica série de furacões atingiu o Atlântico Ocidental. Os mais devastadores foram Harvey, no Texas, Irma, no Caribe e Flórida, e Maria, que atingiu o Caribe e deixou quase 3.000 mortos no território americano de Porto Rico.
A temporada de furacões do Atlântico termina em 30 de novembro.