Temporal no Rio de Janeiro | Desaparecido no morro da Babilônia é achado e mortes chegam a 9
Chegou a nove o número de mortos devido às chuvas que caem desde ontem no Rio de Janeiro. Um homem que estava desaparecido no Morro da Babilônia, no Leme, foi encontrado agora à noite -- os corpos de outras duas pessoas na mesma casa haviam sido retirados mais cedo.
Desde ontem à noite, o Rio de Janeiro está em "estágio de crise" - o mais grave em uma escala de três níveis estabelecido pela prefeitura. Segundo o sistema de Alerta da Prefeitura do Rio, a chuva deve se estender até pelo menos amanhã à tarde, mas em menor intensidade.
As vítimas foram encontradas sobretudo nas zonas oeste e sul da cidade - as mais afetadas pelo temporal:
Zona sul: 7 mortos
3 pessoas morreram em uma casa no Morro da Babilônia, no Leme: as irmãs Doralice Nascimento, 55, e Gerlaine Nascimento, 53, foram encontradas pela manhã; o corpo de Gilson Cezar Cerqueira, 42, no mesmo imóvel, foi retirado à noite;3 pessoas foram soterradas em um táxi ao sair de um shopping em Botafogo: astróloga Lucia Neves, 64, e sua neta Julia Neves, 7, e o motorista Marcelo Tavares Marcelino, 42.1 homem foi encontrado morto na Gávea - Guilherme Fontes, 30, teria se afogado na enchente ao cair da motoZona oeste: 2 mortos
1 homem morreu eletrocutado ao tentar retirar a água de casa em Santa Cruz: Leandro Ramos Pereira, 401 homem foi achado em Guaratiba: ele não foi identificado, aparenta ter 30 anos e foi encontrado perto de uma ponte entre as avenidas Barão de Cocais e São José dos Campos09.abr.2019 - O que sobrou de táxi soterrado na avenida Carlos Peixoto, na zona sul do Rio de Janeiro Imagem: Taís Vilela/UOLAulas suspensas na rede municipal
Pela manhã, funcionários da prefeitura ainda tentam remover árvores caídas e carros que foram arrastados para o meio das ruas pela correnteza. A avenida Niemeyer está interditada desde a noite de ontem e a ciclovia Tim Maia voltou a ter um trecho danificado por conta do mau tempo. As aulas foram suspensas na rede municipal e o governo do estado decretou ponto facultativo em órgãos públicos.
Sirenes não tocaram na Babilônia
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), afirmou que as sirenes de emergência da prefeitura não foram acionadas no local.
"Os pluviômetros marcaram 35 mm de chuva. Era para tocar com 55 mm. Revemos o protocolo e depois descemos para 45. Na Babilônia, chegamos a 39 mm. Não era uma chuva que inspirava riscos maiores [no local]", disse o prefeito durante entrevista coletiva realizada nesta manhã.
No total, 39 sirenes foram acionadas em 21 comunidades e áreas de riscos de deslizamentos, segundo a prefeitura.
Crivella diz que errou
O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), disse que sua gestão falhou ao não se antecipar às fortes chuvas.
"(O trabalho de prevenção de crise) Não foi efetivo não. Imaginávamos que viria chuva forte, mas não imaginávamos que fosse cair com tanta força na zona sul", disse.
Pelo Twitter, o governador Wilson Witzel (PSC) lamentou a tragédia.
Meus sentimentos às famílias das vítimas das fortes chuvas no Rio. O @CBMERJ, a Defesa Civil e a Secretaria de Desenv. Social estão mobilizados para socorrer a população nas áreas atingidas. Foi decretado ponto facultativo e todo o estado está ajudando no que for necessário.
- Wilson Witzel (@wilsonwitzel) April 9, 2019