Testes internos da Google para motor de pesquisa censurado na China “têm sido promissores”
O CEO da gigante tecnológica reconheceu que a Google está a trabalhar internamente no projeto Dragonfly para descobrir “como seria se a empresa ainda estivesse na China”.
Têm sido muitos os rumores de que a Google estaria a trabalhar numa nova estratégia para conseguir que o seu motor de pesquisa entre em território chinês. Depois de cerca de 1.400 funcionários e de um grupo de representantes da Câmara dos Deputados terem pedido mais informações sobre o motor de pesquisa, que tem o nome de código Dragonfly, Sundar Pichai veio a público (tentar) explicar as razões de a empresa estar a trabalhar em tal projeto.
Pichai garante que a gigante de Mountain View está sempre a trabalhar para encontrar um equilíbrio entre os seus valores de “dar aos utilizadores acesso à informação, liberdade de expressão e confidencialidade" e o respeito pelas regras e leis de cada Estado.
E a China é inegavelmente "um desafio especial", reconheceu o chefe da Google, afirmando que o objetivo do projeto é o de simular como seria agora o motor de busca da Google se se tivesse mantido na China ao longo destes últimos oito anos.
Desta forma, Sundar Pichai revelou que os testes internos realizados no Dragonfly mostraram que, mesmo aplicando todos os critérios de censura, o mecanismo da Google seria capaz de responder com mais eficiência do que a concorrência a mais de 99% das pesquisas realizadas.
O CEO também destacou que o objetivo da empresa é o de permitir o acesso a informações gratuitas ao maior número possível de pessoas e é por isso que o mercado chinês não pode ser ignorado, já que cerca de 20% da população mundial vive naquele país.
Embora tenha levantado um pouco do véu em relação ao Dragonfly, Sundar Pichai não adiantou datas para o lançamento do projeto ou se irá sequer avançar além da iniciativa interna.