TO vai às urnas pela 3ª vez neste ano para escolher entre cinco candidatos
Em 7 de outubro, os eleitores de Tocantins vão às urnas pela terceira vez em 2018. Isso porque com a cassação do mandato do ex-governador Marcelo Miranda (MDB) por caixa dois na campanha de 2014, o estado precisou em junho escolher, por meio de uma eleição suplementar com primeiro e segundo turno, um governo interino. O micromandato atual dura até dezembro.
O pleito teve um número alto de abstenções. Ao todo 34,9% (355.032 eleitores) não compareceram às urnas) e 23,46% dos eleitores votaram nulo (155.627) ou branco (17.209 eleitores).
Diferentemente da suplementar com sete candidaturas e que resultou na eleição do então presidente da Assembleia Legislativa de Tocantins, Mauro Carlesse (PHS), para o governo tampão, desta vez o eleitor tem cinco opções de voto.
Uma das candidaturas que ficou para trás foi a da senadora Kátia Abreu (PDT). Ocupando o quarto lugar nas eleições suplementares, ela desistiu de concorrer para ser vice na chapa de Ciro Gomes (PDT) na corrida presidencial.
Já o atual governador Carlesse, eleito em segundo turno com 75% dos votos válidos, quer permanecer no cargo e encabeça a coligação "Governo de Atitude". Sua base conta com nove partidos e tem como candidato a vice o deputado estadual Wanderlei Barbosa (PHS).
O PSDB, presidido no estado pelo senador Ataídes Oliveira, que apoiou Carlesse na suplementar, fechou desta vez apoio com o ex-prefeito de Palmas (TO), Carlos Amastha (PSB).
O colombiano, que quase foi ao segundo turno em junho, chegou a anunciar a desistência de sua candidatura um dia após as convenções. O comunicado foi feito, por meio de um vídeo nas redes sociais do político. Segundo Amastha, na época, a justificativa da desistência foi a saída do PTB e do PC do B de sua base.
Porém, a decisão não vingou. O ex-prefeito voltou atrás e acabou sendo o primeiro a registrar sua candidatura no Tribunal Regional Eleitoral de Tocantins (TRE-TO), com a coligação "A Verdadeira Mudança".
Segundo colocado nas eleições suplementares, o senador Vicentinho Alves (PR) foi outro desistente. O parlamentar tenta agora a reeleição e segue como candidato na chapa de Amastha ao lado do senador Ataídes.
Com parte da campanha financiada por meio de uma vaquinha online e mais de 56 mil votos válidos, a surpresa das eleições suplementares, o ex-juiz e um dos criadores da Lei da Ficha Limpa, Márlon Reis (Rede-TO), é novamente candidato ao governo.
Nesta segunda disputa, Márlon não está mais sozinho e tem apoio de partidos da esquerda, que durante as suplementares estavam com Amastha.
O PT no estado foi uma das legendas aglutinadas pelo ex-juiz. O partido ganhou espaço na coligação e um candidato a senador, o deputado estadual Paulo Mourão (PT-TO). Por conta do apoio do partido, até mesmo o discurso de Márlon mudou de tom.
O ex-juiz que defendia que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estava inelegível e impedido de concorrer, afirma agora que a decisão sobre a candidatura de Lula cabe à Justiça Eleitoral.
Além do PT em Tocantins, Márlon também recebeu em sua coligação os partidos que antes chegaram a negociar com Amastha. O PTB fechou com um candidato a vice na chapa, o ex-deputado José Geraldo (PTB), assim como o PC do B que conversaram com o colombiano.
A coligação "Frente Alternativa" conta com oito partidos e tem também a bênção da senadora Kátia Abreu, já que seu filho, o deputado federal Irajá Abreu (PSD), é candidato ao Senado pela chapa.
Também estão no pleito o ex-secretário de Segurança Pública de Tocantins César Simoni (PSL), apoiador do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), e a ativista social Bernadete Aparecida (PSOL), fundadora e presidente da Casa Oito de Março, que atua em defesa das mulheres vítimas de violência concorrendo pelo PSOL.