Trabalho dos catadores é destaque no Carnaval

Os catadores movem a reciclagem no Brasil. O país tem um dos maiores índices de reúso de alumínio, mais de 97%, graças à atuação desses trabalhadores, por conta própria ou organizados em cooperativas. 

Neste Carnaval, prefeituras e associações se aliaram a essas cooperativas de catadores para resolver o problema do aumento monstruoso da geração de resíduos. Mais de 17 toneladas de alumínio, 5 de plástico e 3 de papel foram coletados na Marquês de Sapucaí durante os ensaios técnicos e os desfiles deste ano até agora.

A iniciativa da Associação de Catadores de Gramacho, Acamig, segue até o desfile das campeãs. Um site foi montado pela Acamig para mostrar um placar com as quantidades de material recolhido e calcular a pegada ecológica dessa coleta de forma didática.

A economia de recursos naturais foi 438 metros cúbicos de água, 113 árvores, 3 toneladas de carvão mineral, 131 MWh de energia, 20 toneladas de minério de ferro e 45 barris de petróleo. A ação da Sapucaí faz parte do Vá de Lata, da Ball Corporation, a maior fabricante de latas de alumínio do mundo, e apoiado pela Novelis, maior recicladora desse material.

Em Olinda, os catadores da Coocencipe, Cooperativa de Materiais Recicláveis, fizeram um acordo com a prefeitura para a coleta no Carnaval. A ação que mobilizou 350 trabalhadores coletou 53 toneladas de materiais recicláveis entre o sábado (2) e a quarta-feira (6) nas ladeiras do Sítio Histórico. Foram 23 toneladas a mais que no ano passado, segundo a prefeitura. Desse total, 5 milhões de latinhas foram recolhidas.

Em Salvador, oito pontos de recebimento de materiais foram instalados nos circuitos Dodô e Osmar, do Carnaval de rua. Neles, 300 cooperados de 11 cooperativas cadastradas pela prefeitura recolheram cerca de 100 toneladas de recicláveis até o domingo, 3, e a estimativa era que até a quarta fossem coletadas aproximadamente 190 toneladas. O balanço inicial foi divulgado na segunda-feira, 4, pela Secretaria Municipal de Sustentabilidade, Inovação e Resiliência, Secis.

Em Belo Horizonte, de acordo com a Associação dos Catadores de Papel, Papelão e Material Reaproveitável,  Asmare, 70% do lixo reciclável descartado em 2018 foi parar no aterro de Macaúbas, na cidade de Sabará. Em 2019, a Superintendência de Limpeza Urbana contratou 130 trabalhadores de cooperativas para a coleta de papel, metal e plástico nos blocos de rua e instalou 16 contentores para coletar vidro. Desde o dia seis toneladas de vidro já foram coletados.

A rede Cataunidos estima ter recolhido 8 toneladas de latinhas e 4 toneladas de plásticos no Carnaval de Belo Horizonte, com o trabalho de 400 catadores nas ruas.

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