Três maiores grupos de educação do país perdem 105 mil alunos do Fies

Os três maiores grupos de educação privada, Kroton, Estácio e Ser, perderam mais de 105 mil alunos do Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior) no terceiro trimestre de 2018, na comparação com 2017.

Eles têm, somados, 192 mil matriculados com mensalidades pagas pelo programa.

A queda era esperada e tem origem em 2015, quando a iniciativa parou de ter inscrições ilimitadas.

Os estudantes que entraram antes dessa mudança saíram da universidade agora, segundo Bruno Coimbra, assessor jurídico da Abmes (associação das mantenedoras).

“Foi anunciado um Fies com novas modalidades no ano passado, mas o número de vagas não aumentou.”

Introduziu-se a possibilidade de financiamento do programa por bancos em 2017. Pelas contas da entidade, de julho a setembro, 120 mil pessoas fizeram uma solicitação pela modalidade, mas 256 contratos foram firmados.

O aluno do Fies dá previsibilidade ao faturamento das companhias, por terem, historicamente, menor evasão, segundo a divulgação de resultados da Kroton.

A empresa teve problemas de desistência neste ano, mas considera ter havido melhora no terceiro trimestre.

A Ser conta com uma retomada da economia para que as matrículas subam, segundo o diretor de relações com investidores Rodrigues Alves.

“Temos dois programas de crédito privado, e há espaço para crescer: dos 35 milhões de brasileiros de 18 a 24 anos, há 8 milhões no ensino superior.”

Procuradas, Kroton e Estácio não se manifestaram.

 

SP define regras para empresas atualizarem preço do asfalto

Contratos de pavimentação em São Paulo poderão ser reequilibrados devido a uma nova determinação técnica do DER-SP (Departamento de Estradas de Rodagem).

Desde que a Petrobras, que detém o monopólio do asfalto, alterou sua política de preços em 2017, empresas pleiteiam um modo de repassar a alta nos preços do produto.

O documento do DER define critérios para solucionar a questão, e os casos serão analisados individualmente, diz Carlos Eduardo Prado, do Sinicesp (sindicato paulista da construção pesada).

“É uma mudança muito pontual, que talvez não fosse feita se o asfalto não representasse 40% a 50% do custo.”

Alguns outros estados e prefeituras já adotaram medidas para o problema, mas sem definir regras para o reequilíbrio. Falta ainda uma solução federal, segundo José Carlos Martins, presidente da Cbic (câmara da construção). 

Apesar de ser considerado um avanço, há requisitos técnicos que poderiam ser simplificados, diz Luiz Antônio Messias, do Sinduscon-SP (sindicato da construção). 

O DER afirma, em nota, que ainda se reunirá com o setor para possíveis ajustes.

 

Uma empresa sob o sol

A Capitale, uma corretora que compra e vende energia no mercado livre, e a Pacto, empresa que desenvolve projetos de geração, serão sócias em uma joint venture que vai unificar as duas atividades.

O investimento inicial que as duas farão na nova empreitada, que se chamará Epower,  será de R$ 125 milhões. Os recursos são próprios.

A união se deu porque há complementaridade, segundo Rodrigo Pedroso, da Pacto.

“Eles (a Capitale) se relacionam com consumidores que precisam ter previsibilidade de preços, e isso vai passar pela criação e desenvolvimento de projetos de geração solar que nós fazemos.”

De forma simplificada, a nova empresa vai buscar interessados em contratos de fornecimento de energia.

Ao encontrar clientes, ela construirá as usinas já com a garantia de que terão a sua produção vendida.

“Energia solar tem menores exigências de licenciamento, o que permite uma certa agilidade na construção”, afirma Daniel Rossi, da corretora.

Os empreendedores dão como certo que haverá uma expansão do mercado livre, com a possibilidade de que mais consumidores poderão escolher de quem comprar energia nos próximos anos.

 

Linhas, tecidos e roupas

A Lunelli, indústria têxtil sediada em Santa Catarina, vai investir R$ 50 milhões no ano que vem na renovação de equipamentos para suas fábricas no país e na abertura de duas lojas próprias.

“Nossa planta em Corupá (SC) receberá maquinário novo destinado à melhoria de produtividade. Outras unidades serão alvo de aportes menores”, diz a sócia-diretora Viviane Lunelli.

“Os pontos de venda serão inaugurados até o início do próximo ano na região da rua Oscar Freire, em São Paulo, e em Gramado (RS).”

A companhia estuda, ainda, expandir sua unidade fabril no Paraguai. “Temos uma unidade de costura pequena e analisamos instalar uma linha de produção de malhas e tecidos para o mercado brasileiro ali.”

A marca projeta crescer 10% em receita neste ano.

R$ 700 milhões
é o faturamento anual aproximado

16
são as fábricas no Brasil

4.200
são os funcionários

 

Calor... A fabricante de revestimentos cerâmicos Incepa vai investir € 3 milhões (cerca de R$ 12,7 milhões) na modernização de linhas de produção e em máquinas para fabricar novos produtos, diz o CEO, Celso Cavalli.

...controlado Um aporte em novos fornos, porém, está descartado —3 dos 11 estão desligados, diz o executivo. “Prevemos um crescimento de 8% no ano que vem, o que ainda não levaria à capacidade plenamente utilizada.”

Advocacia Escritórios de 11 países da América Latina que se reuniram no Brasil até sexta (9) vão fazer um guia sobre compliance para empresas que atuam na região, diz Shin Jae Kim, sócia do TozziniFreire, que participa da iniciativa.

 

Hora do café

com Felipe Gutierrez (interino), Igor Utsumi e Ivan Martínez-Vargas

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