WhatsApp vai identificar origem de mensagens falsas, diz ministro indiano
O governo indiano disse que o aplicativo de mensagens WhatsApp, que pertence ao Facebook, prometeu nesta terça (21) desenvolver ferramentas para combater a disseminação de mensagens falsas.
O país registrou diversos casos de violência, incluindo linchamentos, que começaram a partir de boatos divulgados pelas redes sociais, o que fez as autoridades pedirem que a empresa tome medidas para impedir que isso volte a acontecer.
O presidente-executivo do WhatsApp, Chris Daniels, prometeu ajudar a resolver a questão durante uma reunião com o fez a promessa durante reunião em Nova Déli com o ministro de Tecnologia da Informação da Índia, Ravi Shankar Prasad.
O indiano pediu que a companhia busque formas de rastrear a origem das mensagens que causaram os linchamentos, que ele classificou de sinistras.
"Não é preciso ciência de foguetes para localizar uma mensagem", disse Prasad após a reunião, acrescentando que a empresa americana concordou em nomear um executivo para lidar com questões na Índia.
Uma porta-voz do Facebook no país não respondeu a um pedido de comentário da agência Reuters.
A Índia é o maior mercado do WhatsApp, com mais de 200 milhões de usuários, e onde as pessoas mais encaminham mensagens, fotografias e vídeos.
Há também preocupações de que os defensores dos partidos políticos possam usar as mídias sociais para espalhar fake news no período que antecede as eleições nacionais em 2019.
Em resposta a violência na Índia, o WhatsApp já tinha anunciado em julho disse que o encaminhamento de mensagens passaria a ser limitado a cinco conversas por vez, seja entre indivíduos ou grupos, e disse que removerá o botão de encaminhamento rápido ao lado das mensagens com fotos ou vídeos.
O ministro Prasad também disse que a empresa está trabalhando com as agências policiais para lidar com o problema e estava planejando uma grande campanha para educar os consumidores sobre mensagens falsas.