Zuckerberg anuncia primeiras mudanças no Facebook para priorizar mensagens privadas e grupos
O Facebook apresentou nesta terça-feira reformulações em sua plataforma em seus primeiros passos concretos para torná-la uma rede voltada para a troca de mensagens privadas e comércio eletrônico.
O objetivo é buscar novas fontes de faturamento como resposta a uma série de escândalos ligados à disseminação de notícias falsas e vazamento de dados de usuários.
As mudanças foram anunciadas pelo presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, na conferência anual F8, onde a empresa mostra uma prévia dos lançamentos de novos produtos aos desenvolvedores
A orientação para a rede social foi prometida pelo executivo em março.
Zuckerberg
revelou um novo design para a maior rede social do mundo, que coloca menos ênfase na exibição de notícias dos amigos do usuário e dá mais importância para as ferramentas de mensagens, venda online e vídeo sob demanda.
O feed de notícias dos usuários continua a atrair dólares em anúncios para o Facebook, mas o crescimento da base de usuários em seus mercados mais lucrativos diminuiu.
"Acreditamos que existe uma comunidade para todos. Por isso, estamos trabalhando em uma grande evolução para tornar as comunidades tão centrais quanto os amigos", disse Zuckerberg no evento.
Em sua fala, Zuckerberg apontou as mensagens privadas, pequenos grupos, histórias efêmeras e curtas como as áreas de crescimento mais rápido da comunicação online.
Instagram e WhatsApp
Outros executivos do Facebook apresentaram mudanças nos aplicativos Messenger e Instagram.
As alterações visam ajudar as empresas a se conectar com os clientes, incluindo agendamento de reservas e recursos avançados de compras, além de uma ferramenta para atrair clientes para conversas diretas com empresas por meio de anúncios.
No Canadá, a empresa irá promover teste no Instagram removendo do aplicativo o número de curtidas das fotos e visualizações de vídeos do feed de notícias e dos perfis dos usuários.
O Facebook também lançará um novo recurso chamado "Catálogo de Produtos" para o WhatsApp Business. Uma versão desktop do Messenger estará disponível este ano.
A questão sobre o plano do executivo é como a companhia vai fazer dinheiro com o novo modelo de negócios.
O Facebook teve receita de quase US$ 56 bilhões (R$ 221 bilhões) no ano passado, quase toda gerada por anúncios exibidos a seus 2,7 bilhões de usuários mensais.
Os lançamentos de produtos na F8 indicam que a resposta à pergunta envolve esforços para manter os usuários conectados nos aplicativos da empresa por mais tempo, além de ferramentas de comércio eletrônico que o Facebook espera que as empresas paguem para usar.