Advogada pede que investigação contra Assange por estupro seja reaberta
A advogada da mulher que acusa Julian Assange de tê-la estuprado na Suécia, em 2010, disse na quinta-feira (11) que vai pedir à promotoria do país para reabrir a investigação após a prisão do fundador do WikiLeaks em Londres.
"Vamos fazer de tudo para que os promotores reabram a investigação e que Assange seja entregue à Suécia e julgado por estupro", disse Elisabeth Massi Fritz à agência de notícias AFP. Sua cliente não teve a identidade revelada. Ela tinha 30 anos quando fez a acusação.
A Suécia havia arquivado as investigações em 2017, três anos antes de prescreverem, devido à impossibilidade de avanço no inquérito, já que Assange estava asilado na embaixada equatoriana em Londres desde 2012.
A notícia de sua detenção foi "um choque para a minha cliente", acrescentou Elisabeth Massi Fritz. "Enquanto o crime não prescrever, minha cliente espera que a justiça seja feita", completou.
Questionado pela AFP, um porta-voz da promotoria sueca se recusou a comentar a informação. "Vamos ver", ele disse.
Assange foi detido pela polícia britânica por alguns dias em dezembro de 2010 em função de acusações de abuso sexual supostamente cometidos na Suécia. Ele sempre negou. Foi solto em seguida, mediante pagamento de fiança, mas não conseguiu reverter o processo de extradição. Como último recurso, buscou refúgio na representação diplomática equatoriana.
Assange tornou-se conhecido internacionalmente em 2010 com a publicação pelo seu site, o WikiLeaks, de milhares de documentos confidenciais do Departamento de Estado dos EUA e do Pentágono, que foram noticiados pela mídia em todo o mundo.