Apoiadores de Moro não conseguem ver o juiz, mas hostilizam mulher de Cunha

Um grupo de cerca de 20 manifestantes que aguardavam e queriam homenagear o juiz Sergio Moro nesta quinta (1) no aeroporto de Curitiba, após ele ter aceitado o convite de Jair Bolsonaro (PSL) para o ministério da Justiça, se frustrou com a espera: Moro saiu de carro direto da pista, e não usou o desembarque de passageiros. 

 

O grupo, porém, avistou a mulher do ex-deputado Eduardo Cunha, Cláudia Cruz —que também desembarcava em Curitiba no mesmo horário—, e passou a hostilizá-la. 

Aos gritos de “Tchau, querida”, “O Moro vem aí”, “Vai pra cadeia” e “A opressão não acaba”, os manifestantes cercaram o táxi em que Cruz embarcou, filmando a cena e exibindo bandeiras do Brasil e até um livro sobre Sergio Moro. 

Cruz é ré na Operação Lava Jato, assim como Cunha, que está detido no Complexo Médico-Penal, na região metropolitana de Curitiba. 

Ela foi condenada em julho deste ano pelo TRF (Tribunal Regional Federal) da 4 Região, pelo crime de evasão de divisas, depois de ser absolvida por Moro. 

A jornalista cumpre a pena, de dois anos e seis meses, em regime aberto. Já Cunha foi condenado, também em segunda instância, a 14 anos e seis meses de prisão por receber propinas no esquema de corrupção na Petrobras. 
 

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