Arthur Zanetti é prata nas argolas no Mundial de ginástica de Doha
O brasileiro Arthur Zanetti, campeão olímpico em Londres-2012, conquistou a medalha de prata nas argolas no Mundial de ginástica artística de Doha, no Qatar, na tarde desta sexta-feira (2).
Zanetti, que também foi prata na Olimpíada do Rio nas argolas, fez 15.100 pontos e ficou em segundo. O ouro para o grego Eleftherios Petrounias, atual campeão olímpico, que ficou com nota 15.366.
Essa foi a quarta medalha de Zanetti em mundiais –todas nas argolas. Em 2013, no Mundial de Antuérpia, na Bélgica, ele levou o ouro. Em Nanning, em 2014, e Tóquio-2011 o ginasta brasileiro ficou com a prata.
A apresentação de Zanetti teve alto grau de dificuldade, mas menor que a do grego, que teve nota de partida um décimo superior à do brasileiro. O atual campeão olímpico também foi melhor que o paulista na execução de sua apresentação, com nota 9.066 contra 8.900.
Zanetti também tinha ficado em segundo na qualificatória em Doha, quando fez 15.033. Petrounias fez 15.266 na mesma etapa.
Desde que o grego venceu Zanetti e conquistou o ouro na Rio-2016, os dois ginastas protagonizam uma rivalidade nas argolas. Mas, apesar da disputa acirrada, os dois são amigos.
"Antes de virar campeão olímpico Zanetti era meu ídolo. Ele é uma inspiração para mim e para o esporte no Brasil. Fico feliz em saber que estou do lado de Zanetti. Quando ele está na final meu desempenho é melhor ", disse Petrounias em entrevista ao SporTV logo depois da competição.
O ginasta brasileiro também elogiou o desempenho do grego.
"Nossa rivalidade é só dentro da competição. Fora, ele é uma grande pessoa e um grande atleta. Conversamos bastante sobre a competição e sobre a cirurgia que ele vai fazer logo depois do Mundial. Que ele tenha uma boa cirurgia e uma boa recuperação", disse Zanetti.
Antes da competição, Petrounias sofreu uma ruptura parcial de tendão no ombro. Ele fará uma cirurgia no dia 5 de novembro. O grego pensou em desistir do evento em Doha, mas voltou atrás.
Já Arthur Zanetti ficou quase um mês parado devido a uma ruptura no bíceps do braço direito. Ele teve que acelerar sua recuperação e ganhar ritmo para chegar bem em Doha.
"Estou muito feliz com esse resultado. Fiz minha melhor prova do ano. Não foi a melhor nota da minha carreira, mas estou de volta à milha melhor forma. Agora é continuar trabalhando nesse ciclo olímpico até Tóquio-2020", disse.
Neste sábado (3) tem mais brasileiros no mundial. Flávia Saraiva compete na final do solo. Já Caio Souza está na decisão do salto.