Atos 'Ele Não' se repetem pelo país, mas com adesão menor
São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Nova York Manifestantes contrários ao candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) voltaram a protestar em capitais brasileiras neste sábado (20), mas com adesão menor que a dos atos de 29 de setembro.
A oito dias do segundo turno das eleições, o movimento do #EleNão —que prega o voto contra Bolsonaro— também se tornou pró-Fernando Haddad (PT), adversário de Bolsonaro na campanha.
Além de mais tímidos, os atos tiveram menor participação de políticos. Em São Paulo, por exemplo, Guilherme Boulos (PSOL) esteve entre os participantes.
Outras pautas também foram incorporadas —o candidato a governador João Doria (PSDB) também foi alvo de protestos na capital paulista.
Na cidade, os manifestantes fecharam a avenida Paulista nos dois sentidos durante a tarde. Eles cantaram: “Ô, Bolsonaro, presta atenção, a sua casa vai virar ocupação”.
Essa letra já causou uma discussão pública entre o candidato do PSL e Boulos, que negou intenção de efetivá-lo.
Houve bandeiras do PT, PSOL, CUT, PSTU, mas também público sem filiação partidária ou militância específica. É o caso do desenhista Caio Borges, 43. “Estou aqui para evitar uma tragédia, o que puder fazer, farei”, afirmou.
No Rio, os manifestantes se reuniram na Cinelândia, no centro, em número menor. No ato, mais organizado que o primeiro, o público era orientado por meio de megafones pelas coordenadoras. Elas fizeram a leitura de um manifesto produzido por mulheres.
Em Brasília, os manifestantes foram da rodoviária à sede do governo distrital.
Fora do país, 40 pessoas se reuniram em Nova York. O capoeirista Moa do Katendê, morto na Bahia após discussão política, foi homenageado.
Neste domingo (21), estão programados atos pelo país contra o PT e pró-Bolsonaro.