Boca e River empatam em 2 a 2 no primeiro jogo da final da Libertadores
Terminou com um empate em 2 a 2 a primeira partida da final da Copa Libertadores, neste domingo (11), entre Boca Juniors e River Plate.
A definição, agora, ficou para o próximo dia 24 de novembro, no Monumental de Núñez, estádio do River Plate.
Quem vencer, fica com o título. Novo empate levará a decisão para os pênaltis. Ao contrário do que aconteceu em fases anteriores, o gol fora de casa na final não é critério de desempate.
A partida, que iniciou morna, esquentou a partir dos 25 minutos do 1º tempo, quando a torcida do Boca já começava a se impacientar com os seguidos erros de passes da equipe, os ataques mais organizados do River e com a contusão de Pavón, que acabou saindo para a entrada de Benedetto.
O primeiro gol do Boca, marcado por Ábila, reacendeu a torcida, e todo o estádio começou a cantar e a gritar cada vez mais alto. Assim, quem estava distraído mal percebeu o empate do River, que ocorreu pouco mais de um minuto depois do gol boquense, em finalização de Lucas Pratto.
Como o jogo teve apenas uma torcida presente (no futebol argentino a entrada de visitantes é proibida desde 2013) a única comemoração do River Plate em seus gols foi dos jogadores entre si.
Depois de tomar o segundo gol, anotado por Benedetto, o River voltou para o segundo tempo atacando mais, abandonando a linha de defesa com cinco jogadores plantados atrás, como haviam iniciado o primeiro tempo.
Assim, marcaram pela segunda vez, depois de cobrança de falta em que um defensor do Boca, Izquierdoz, acabou desviando, fazendo contra.
Quando o empate parecia consolidado, os dois times fizeram alterações na tentativa de reanimar a partida. O Boca colocou em campo Carlos Tévez, o River, o colombiano Quintero. As mudanças, porém, não surtiram efeito.
A final da Libertadores de 2018 é a primeira entre dois times da mesma cidade na história. Será a 21ª conquista de uma equipe de Buenos Aires. Se o Boca Juniors for o vencedor no próximo dia 24, vai igualar o Independiente como o maior campeão continental da história, com sete títulos. O River pode chegar ao seu quarto troféu.
Assim como aconteceu em La Bombonera, o técnico do River Plate, Marcelo Gallardo, não poderá comandar a equipe do banco de reservas. Mas pelo menos poderá estar no estádio, algo que lhe foi proibido na partida deste domingo.
Antes do jogo, seguranças do estádio e policiais chegaram a revistar o vestiário dos visitantes para tentar encontrar aparelho eletrônico que pudesse ser feita comunicação da comissão técnica com Gallardo, que viu a partida no Monumental ao lado do dirigente Enzo Francescoli, ex-jogador do River.
A restrição é porque, suspenso pela Conmebol na partida contra o Grêmio, em Porto Alegre, o treinador falou com seu assistente via rádio durante o jogo e foi ao vestiário no intervalo.
O dia amanheceu com uma pequena garoa, o que animou os torcedores, depois do dilúvio do sábado (10), que causou o adiamento do jogo.
Quando, às 11h, a Conmebol analisou as condições do gramado e anunciou que haveria jogo, a torcida começou a se dirigir ao estádio. O clima foi muito mais calmo na entrada da Bombonera perto do nervosismo dos torcedores ontem, que faziam o possível para saltar poças e atravessar ruas cheias de água para chegar à entrada do estádio.
Pessoas vindas do interior do país tinham dormido em seus carros ou na casa de parentes. Alguns atenderam à propaganda da boate Crocodilo, que chamou os torcedores que ficaram “sem teto” entre sábado e domingo a passar a noite ali. O dono é torcedor do Boca.
“Foi melhor do que ficar aqui”, contou, rindo, Josue Valdéz, que veio de Misiones com o pai e acabou dormindo na casa de um parente.