Centrão quer compromisso de Alckmin a favor de financiamento sindical

Com o avanço das negociações para apoiar Geraldo Alckmin (PSDB), os líderes do centrão decidiram apresentar ao tucano já na tarde desta quinta-feira (19) uma série de pontos que esperam ver atendidos para a formalização da aliança.

Entre os pedidos, está a discussão de uma proposta de financiamento alternativo das centrais trabalhistas, após o fim da cobrança obrigatória do imposto sindical. O compromisso foi incluído na pauta do bloco pelo deputado Paulinho da Força, presidente do Solidariedade.

As siglas também pretendem fazer ajustes considerados decisivos na formação de coligações com o PSDB nas eleições estaduais. Se as negociações forem bem-sucedidas, a aliança pode ser anunciada na próxima semana.

Dirigentes de PP, DEM, Solidariedade e PRB —que compõem o centrão— viajaram a São Paulo para uma reunião com Alckmin hora depois do encontro em que o bloco refluiu das articulações com Ciro Gomes (PDT) e se reaproximou do tucano.

Participarão da conversa ACM Neto e Rodrigo Maia, pelo DEM; Aguinaldo Ribeiro, pelo PP; Marcos Pereira, pelo PRB; e Paulinho da Força, pelo Solidariedade. O ex-deputado Valdemar Costa, que comanda o PR, disse que não podia comparecer, mas autorizou os demais integrantes do bloco a negociar em seu nome.

A discussão sobre o financiamento dos sindicatos é considerada um ponto delicado das articulações. Trata-se de uma das poucas divergências entre o programa do tucano e as plataformas defendidas pelo centrão.

O PSDB liderou o debate no Congresso sobre a reforma trabalhista, que extinguiu a cobrança obrigatória da contribuição sindical. O relator da proposta foi o deputado Rogério Marinho (PSDB-RN).

Em campanha, Alckmin já afirmou ser contrário ao imposto. Disse ser necessário encontrar novas formas de financiar a atividade dos sindicatos.

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