Ciclone deixa mais de 40 mortos e milhares de desabrigados no sul da Ásia
Ao menos 42 pessoas morreram e centenas de milhares de pessoas ficaram desabrigadas após a passagem do ciclone Fani passar pela região sul da Ásia neste final de semana. As informações foram divulgadas por autoridades locais neste domingo (5).
Entre os locais mais afetados estão o leste da Índia, onde até o momento 29 pessoas morreram no estado de Odisha, e Bangladesh, que contabiliza 13 mortos.
Fani chegou a atingir velocidade de 200 km/h e provocou destruição por onde passou, danificando telhados, linhas de energia e telecomunicações.
A cidade indiana de Puri, que estava no caminho de Fani e sofreu grandes danos com a ventania, que também chegou a arrancar árvores.
Relatórios preliminares apontam que Fani danificou infra-estrutura de energia no valor de mais de 12 bilhões de rúpias (US$ 173,7 milhões). As autoridades já estão tentando restaurar o fornecimento de eletricidade para serviços de emergência, disse outra autoridade.
Ainda segundo fontes locais, o número de mortos poderia ter sido muito maior se não fosse pela evacuação em massa nos dias que antecederam a tempestade.
A depressão em relação ao oeste de Meghalaya e adjacente a Bangladesh enfraqueceu o ciclone, que se tornará insignificante nas próximas 24 horas, informaram autoridades indianas pela rede social Twitter neste domingo (5).
Mais de 60 mil pessoas, entre funcionários e voluntários, participaram de operações de socorro, disse o comissário de ajuda especial Bishnupada Sethi, que monitorou a evacuação.
O esforço de socorro usou sirenes, alto-falantes e enviou mais de 20 milhões de mensagens móveis para as pessoas-alvo, disse.
Fani foi o mais forte ciclone de verão em 43 anos a atingir Odisha, interrompendo o fornecimento de água e ligações de transporte, disse o ministro-chefe do Estado, Naveen Patnaik, em um comunicado.
"Estamos no processo de restaurar a infraestrutura física", disse à imprensa local.
Além disso, também é um dos mais fortes ciclones que atingiram a região do Oceano Índico nos últimos anos. Os ventos foram sentidos até mesmo no monte Everest, em um acampamento a 6.400 metros de altura.