Crivella errou, mas não merece impeachment, diz Malafaia
O pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, afirmou nesta quarta-feira (11) que o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), errou ao reunir pastores na sede do governo para discutir prestação de serviços públicos.
Para ele, contudo, o equívoco não deveria resultar num impeachment como pretende a oposição. A Câmara Municipal vai analisar nesta quinta-feira (12) dois pedidos de impedimento contra o prefeito.
"Para que chamar exclusivamente um grupo de pastores evangélicos? Faltou um pouquinho de inteligência. Faltou fazer política", disse Malafaia, para quem deveriam ter sido convidados líderes de outras religiões.
"Mas ele roubou? Comprou com corrupção? Não é um erro dessa magnitude", disse Malafaia.
Bispo licenciado da Igreja Universal, Crivella é acusado de prometer privilégios a evangélicos em reunião realizada na última quarta (4) no Palácio da Cidade, uma das sedes da prefeitura. No encontro, ele ofereceu ajuda para encaminhar fiéis a cirurgias e para agilizar processos de isenção da cobrança de IPTU das igrejas.
Na reunião, ele ainda apresentou aos presentes o pastor Rubens Teixeira, que vai disputar vaga de deputado federal no Rio pelo seu partido e defendeu o voto em evangélicos para "dar jeito nessa pátria".
O prefeito nega favorecimento e diz que teve apenas o objetivo de prestar contas de sua gestão e apresentar aos presentes programas sociais da prefeitura, como cirurgias de catarata, varizes e vasectomia.
Crivella conseguiu uma rara união de todas as denominações evangélicas na eleição de 2016, quebrando a rejeição à Universal mesmo entre os neopentecostais. Malafaia, ex-rival que apoiou o prefeito na campanha, afirmou que a gestão municipal "tem muito o que melhorar".
"O grupo de trabalho dele precisa melhorar muito ainda", disse Malafaia.