DEM pode se aliar a rivais de Alckmin nos estados, diz Maia
O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, afirmou neste domingo (29) que seu partido, DEM, pode abrigar em seus palanques estaduais rivais de Geraldo Alckmin (PSDB) na corrida pelo Planalto. A medida é resultado da complexa costura de acordos regionais que, em muitos casos, conflitam com o acordo nacional entre DEM e PSDB.
O principal ponto de conflito ocorre em Minas Gerais, terceiro colégio eleitoral do país, onde os dois partidos têm pré-candidatos: o deputado Rodrigo Pacheco (DEM) e o senador Antônio Anastasia (PSDB), confirmado no sábado (28).
“O DEM tem um projeto de fortalecimento de seus palanques em todos os estados em que ele tiver condição. Se por algum motivo a nossa candidatura no estado tiver que construir um palanque com outro candidato a presidente, o [ex-]governador Geraldo Alckmin (PSDB) sabe disso e certamente vai respeitar”, afirmou Maia, após a convenção que oficializou o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM) como candidato a governador.
Maia indicou que o partido pedirá distanciamento do presidenciável em eleições em que há disputa entre os dois partidos.
“Se a eleição for só regionalizada, não tem problema. Não vamos misturar regional com nacional. Agora, se tiver algum movimento nacional do PSDB em alguma eleição contra a gente, vamos ser obrigados a também nacionalizar de alguma forma as eleições”, disse ele.
Em Minas Gerais, Pacheco negocia uma aliança com o MDB, que tem como candidato a presidente Henrique Meirelles. O presidente da Câmara também citou os casos de Goiás e Mato Grosso como estados em que o DEM deve se distanciar do PSDB em razão da disputa entre as siglas nos estados.
O DEM chegou a negociar apoio com o candidato a presidente do PDT, Ciro Gomes. Maia foi um dos entusiastas da discussão sobre o tema. A sigla acabou acompanhando todo o centrão e se aliou a Alckmin, em acordo oficializado nesta semana.
No Rio, a ampla aliança do tucano deve se reproduzir em torno de Paes. O ex-prefeito, contudo, disse na última quinta-feira (26) que não deve subir em palanques nacionais no primeiro turno porque sua coligação deve incluir outros presidenciáveis. Ele também terá o apoio do MDB, de Meirelles.