Discussões no Congresso | PSL fala em acordo, e CCJ votará Orçamento antes de reforma
O PSL é o partido do presidente Jair Bolsonaro. Seu líder, Delegado Waldir (PSL-GO), acaba de informar ao blog que foi fechado acordo com o Centrão para a votação de hoje na Comissão de Constituição e Justiça.
Segundo o líder, o acordo garante a inversão da pauta. Ou seja, o Orçamento impositivo será votado antes de os deputados começarem a discutir a reforma da Previdência. A reunião da CCJ está marcada para a partir das 14h.
Perguntado sobre qual seria o acordo, o líder do PSL não respondeu. O blog voltou-se para o líder do partido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o DEM. Elmar Nascimento (BA) confirmou que haverá inversão da pauta, mas não falou em acordo.
E o líder do PP, Arthur Lira, insiste que haverá inversão, independentemente de acordo, "já que não pedimos nada".
Pois é. Um acordo pressupõe que os dois lados cederam um pouco: a turma que quer a inversão da pauta e o pessoal do governo, que pretende votar a reforma da Previdência ainda nesta semana para o assunto não ficar depois da Páscoa.
Como as duas partes admitem que haverá a inversão, então fica claro que os governistas já avaliaram que o outro lado tem margem de votos suficiente para aprovar o que quer.
Um outro líder ouvido pelo blog explica: vai acontecer como na primeira votação do Orçamento impositivo no plenário: o PSL percebeu que Centrão e oposição, juntos, tinham ampla maioria e preferiu não medir forças.
Resultado: o PSL votou em plenário com a oposição. O projeto seguiu para o Senado que, com ampla maioria, o aprovou com mais modificações. Agora a Câmara decide o texto final, primeiro na CCJ e, depois, em plenário.
A dúvida que fica no ar é: e depois que a CCJ votar o Orçamento, o que correrá hoje?
O Centrão ajudará a apressar a votação da reforma na comissão para a decisão ser tomada até quarta-feira pela manhã? É quando ainda haverá quorum na Câmara. Caso contrário, só depois da Páscoa.
Bem aí é um novo acordo. Talvez com a ajuda do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o governo consiga.