Dividido e à espera do PSB, PT não formaliza convite a Manuela D'Ávila

Após reunião inconclusiva com a cúpula do PC do B, a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), afirmou nesta quinta-feira (19) que ainda está conversando com o PSB e que a decisão só ocorrerá no início de agosto. Na semana que vem, haverá um novo encontro entre dirigentes do PT e PSB.

Uma semana depois de o PT sondar a cúpula do PC do B sobre a hipótese de lançar a deputada estadual Manuela d´Ávila para a vice da chapa presidencial, o convite não foi formalizado. Para líderes do PC do B, houve um recuo nas negociações, interpretado como uma demonstração de que o PT ainda tem expectativa de contar com o PSB na vice.

"Temos muita simpatia por Manuela. Temos muita simpatia por esse arranjo de termos Manuela na vice. Obviamente, isso não é uma decisão que se toma neste momento", disse Gleisi, após repetir que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o candidato do PT ao Palácio do Planalto.

Segundo a senadora, a decisão depende ainda de uma discussão interna no PC do B e também das discussões que o PT tem, internamente e com outros partidos.

"Ainda estamos conversando com o PSB. E tínhamos também conversas com o PR. Não terminaram as tratativas nem as conversas", afirmou Gleisi, apontando PC do B e PSB como prioridades.

Apesar do desfecho frustrante, a presidente nacional do PC do B, Luciana Santos (PE), admitiu a possibilidade de retirada da candidatura de Manuela em nome de uma estratégia comum no campo da esquerda.

"Sempre temos defendido que o centro da nossa estratégia é vencer as eleições no Brasil pela quinta vez consecutiva. Paradoxalmente à ofensiva da direita, é possível nós ganharmos as eleições", reconheceu Luciana, afirmando que o partido não seria óbice a qualquer tipo de unidade.

"Defendemos que nosso campo esteja unido. Não acontecendo isso, estamos mantendo a candidatura da Manuela", acrescentou.

Participante da reunião, o líder do PC do B na Câmara, Orlando Silva, afirmou não haver avanços para uma composição com o PT no Estado de São Paulo. Segundo ele, toda a costura dependerá de um acordo com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi. A decisão sobre quem apoiar, informou, será conjunta.

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