Doria e França antagonizam e batem boca em debate de candidatos ao governo

Após o governador Márcio França (PSB) subir nas pesquisas, cresceu também a tensão entre ele e João Doria (PSDB) em debate dos governadores da TV Record neste sábado (29). 

Os dois protagonizaram momentos de bate-boca e ataques mútuos, antes, durante e depois do debate.

O momento mais tenso foi quando Doria afirmou que França pretendia criar taxas e questionou se ele era o “Márcio taxa”, uma referência ao apelido Martaxa, que colocou em Marta Suplicy (MDB) quando foi prefeita em São Paulo. 

Ao responder, França pareceu deixar o discurso ensaiado de candidato de lado. “Tudo que o João fala parece marqueteiro, uma coisa tão falsa”, disse França. “ Vou cobrar taxa de pessoas como você que pegou uma rua pública e adaptou para sua propriedade”. 

O governador ainda afirmou “precisa ter cara de pau” para agir como Doria. “Você não é o dono do mundo”. Doria rebateu, como costuma sempre fazer com França, acusando-o de ser esquerdista. 

Ambos ainda acusaram um ao outro de deixarem as prefeituras que governaram --Doria, a de São Paulo, e França, a de São Vicente. 

Antes do debate, França chegou comemorando sua alta nas pesquisas. Ele foi de 11% para 14%, seguindo tendência de alta nas duas pesquisas anteriores do instituto. Doria oscilou de 26% para 25% e Skaf manteve os 22% que registrou na sondagem anterior, do dia 20. “A rampa é uma curva ascendente e a deles é uma curva descente. Vamos nos encontrar todos embolados lá na frente”, disse.

Na ocasião, ele afirmou que Doria tem pisado na bola constantemente em suas propagandas e que o marqueteiro do tucano parece estar contra ele. “Essas maluquices que ele faz, como colocar aquele cara do grupo de samba que bateu em mulher para falar bem dele”, disse referindo-se a Compadre Washington.

Luiz Marinho (PT) atuou como franco-atirador no debate, atacando tanto Doria quanto França e Paulo Skaf (MDB). 

Em uma das ocasiões, ele provocou Doria ao perguntar como faria para resolver em um mandato o que o PSDB não fez em 24 anos. “O que o PSDB fez mesmo foi construir o crime organizado”, disse o petista.

Doria rebateu: “Quem entende de crime organizado são vocês. Organiza o crime. Aliás, o chefe maior da quadrilha criminosa do PT está preso em Curitiba. Tem manual de como assaltar”.

Marinho também acusou Skaf de implantar cobrança nas escolas do Sesi e França de fazer parte de um governo que piorou a educação. 

Na plateia, petistas e tucanos atrapalhavam o debate com vaias e xingamentos. O mediador teve de pedir para a plateia se acalmar algumas vezes.

Apesar de ter sofrido algumas críticas, Skaf passou a maior parte do tempo sem grandes ataques. Ele bateu na tecla de que terminaria e aceleraria obras paradas no estado. “É fundamental agilizar as obras do metrô. Eu pretendo entregar 50 km de monotrilho e metrô casa seja eleito”, afirmou.

Ao fim do debate, Skaf afirmou que não entraria “nessa lama” e “baixaria”, referindo-se à troca de críticas entre os candidatos. “Acho até que os adversários, talvez por desespero, têm me atacado muito sim nos seus programas eleitorais, de forma muito injusta”, disse. “Na minha opinião, um candidato a governador deve ter postura de governador”. 

Doria, ao fim do programa, afirmou que o embate pode prejudicar a França, e não a ele. O tucano voltou a dizer que França é um “esquerdista disfarçado”. “O Partido Socialista Brasileiro do governador interino Márcio França defende sanção a Sérgio Moro e Lula livre”, disse. 

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