Eduardo Bolsonaro afirma que imigrantes brasileiros ilegais são vergonha
O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) disse neste sábado (16) em Washington que a liberação de visto para a entrada nos Estados Unidos pode virar uma brecha para que brasileiros morem ilegalmente no país governado por Donald Trump.
“Será que estou falando um grande absurdo ao dizer que, sem a necessidade de visto, várias pessoas entrariam nos EUA de maneira ilegal e ilegalmente permaneceriam lá? Acredito que não”, afirmou o filho do presidente Jair Bolsonaro, que assumiu o comando da Comissão de Relações Exteriores da Câmara na semana passada.
“A pergunta que faço é a seguinte: quantos americanos vão vir morar ilegalmente no Brasil com essa brecha? Agora vamos fazer a pergunta contrária: e se os EUA permitirem que o brasileiro entre lá sem visto? Quantos brasileiros vão se passar por turista para vir morar ilegalmente aqui?”, completou.
O deputado comentava o fato de o governo brasileiro isentar EUA, Japão, Austrália e Canadá de visto para entrada no país sem a contrapartida americana, por exemplo, para liberar a entrada dos brasileiros.
“Nós, brasileiros, é que vamos ser espertos e vamos pegar os dólares dos turistas americanos, japoneses, australianos e canadenses”, disse Eduardo Bolsonaro.
O filho do presidente afirmou ainda que os brasileiros que vivem ilegalmente no exterior são uma preocupação do governo porque são “uma vergonha” para o país.
“O brasileiro que vem pra cá [EUA] de maneira regular é bem vindo. Brasileiro ilegalmente fora do país é problema do Brasil, é vergonha nossa”, declarou.
Eduardo chegou na véspera do desembarque do pai na capital americana e participou da exibição de um filme sobre a obra de Olavo de Carvalho, considerado guru ideológico do governo Bolsonaro.
Depois do evento, realizado no Trump International Hotel, o deputado conversou com jornalistas e afirmou que espera um encontro produtivo entre Bolsonaro e o presidente americano.
A isenção de visto para cidadãos dos EUA entrarem no Brasil é um dos anúncios da visita, mas sem contrapartida americana.
Eduardo colocou um boné —que ganhou de um dos apoiadores de seu pai nos EUA— com a reedição do slogan de Trump, adaptado para o Brasil. “Make Brasil great again”.