Elon Musk é forçado a deixar presidência do conselho da Tesla
O presidente da Tesla, Elon Musk, terá de deixar o cargo de presidente do conselho de administração da companhia por três anos, após a acusação de fraude movida pela SEC, agência reguladora do setor financeiro nos Estados Unidos, contra o executivo.
Além disso, a empresa pagará uma multa de US$ 20 milhões, segundo o acordo firmado entre a empresa e a SEC.
O órgão havia entrado com uma ação contra Musk na última quinta-feira (27), acusando-o de fraude, por fazer declarações públicas falsas com potencial de prejudicar investidores da companhia.
A medida veio após uma postagem que o executivo fez em uma rede social, no dia 7 de agosto. Nela, afirmou ter "fundos garantidos" para fechar o capital da Tesla.
O anúncio gerou rebuliço no mercado financeiro, mas, dias depois, o executivo voltou atrás e afirmou que a empresa continuaria com as ações cotadas em Bolsa.
Na sexta (28), Musk havia se recusado a fechar o acordo com a SEC.
Ainda não está claro o motivo pelo qual o executivo voltou a trás e aceitou sair do cargo, mas as ações da Tesla foram bastante afetadas pelo processo. Na sexta (28), os papeis da empresa caíram 13%.
Pelo acordo firmado, Musk poderá continuar como presidente-executivo.
A companhia vai incluir dois diretores independentes e ampliar o monitoramento de Musk com os investidores. A empresa também terá que criar um comitê de diretores independentes para acompanhar comunicados ao mercado e potenciais conflitos de interesse.
Durante toda a polêmica, Musk não admitiu nem negou a intenção de enganar os investidores com suas publicações nas redes sociais.