Estudo revela redução de depressão e solidão se utilizar menos as redes sociais
Depois de já ter sido provada a correlação existente entre o hábito e a saúde mental, este é o primeiro estudo a pormenorizar os efeitos do social media nos utilizadores.
Um estudo realizado pela Universidade da Pensilvânia concluiu que reduzir o tempo diário de utilização de redes sociais para apenas 30 minutos, pode ter um impacto significativo no bem-estar das pessoas.
Os investigadores explicam que dedicar menos tempo no scrolling de fotografias de amigos pode reduzir as hipóteses de depressão e solidão.
Este estudo, que foi publicado na edição de dezembro do Journal of Social and Clinical Psychology, foi o primeiro a provar a existência de uma causa-efeito entre as redes sociais e a saúde mental dos utilizadores.
No âmbito desta investigação, foram realizados testes a 143 jovens durante dois semestres inteiros. O teste consistia em colocar os estudantes num grupo que os obrigava a limitar a sua utilização de redes sociais para apenas 30 minutos por dia, sendo que tinham sempre de dedicar 10 minutos ao Facebook, 10 minutos ao Instagram e o mesmo tempo ao Snapchat. Organizou-se ainda um segundo grupo, que pôde manter os seus hábitos de utilização.
Periodicamente, foram-lhe perguntadas questões que permitiram aos investigadores tirar conclusões acerca do estado da sua saúde mental em sete diferentes áreas: apoio social, FOMO (medo da exclusão), solidão, autonomia e aceitação, ansiedade, depressão e autoestima. “Utilizar menos as plataformas de social media do que o normal, leva a reduções substanciais nos sentimentos de depressão e solidão. E estes efeitos são particularmente impressionantes nos utilizadores que se sentiam mais deprimidos quando entraram no estudo”, explicou, ao Science Daily, Meslissa Hunt, investigadora principal deste projeto.
Por outro lado, sublinha, nenhum utilizador mostrou melhoramentos nos sentimentos de apoio social, autoestima, autonomia e aceitação. Os índices de ansiedade e FOMO também desceram.