EUA acabam com isenções a países importadores de petróleo do Irã
Os Estados Unidos acabaram nesta quinta (2) com isenções que permitiam que países importassem petróleo do Irã sem sofrer sanções de Washington.
A medida serve para sufocar as receitas petrolíferas de Teerã, que giram em torno de US$ 50 bilhões anuais. Trump pretende reduzir as exportações de petróleo do Irã para zero.
A isenção havia sido concedida para os oito países que mais compram do Irã —Japão (que já suspendeu as importações), China, Índia, Coréia do Sul, Taiwan, Turquia, Itália e Grécia— por um período de seis meses.
Wahsington impôs sanções às exportações de petróleo iraniano em novembro, meses após Donald Trump retirar o país do acordo nuclear com o Irã, em maio de 2018.
No entanto, os EUA haviam concedido isenções a sete países e um território por 180 dias. O prazo expirou ontem.
O ministro do Exterior turco, Mevlut Cavusoglu, disse nesta quinta (2), que a Turquia não poderá diversificar suas importações facilmente, já que as refinarias do país não estão aptas para petróleo de outros países.
A Casa Branca disse que está trabalhando com os Emirados Árabes e a Arábia Saudita para garantir que o mercado seja "adequadamente abastecido". Contudo, o ministro da Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, não se comprometeu a elevar a produção, afirmando que estava "monitorando os desdobramentos do mercado de petróleo".
Os EUA anunciaram, em 21 de abril, o início das sanções para as nações que não parassem de comprar petróleo iraniano até o dia 1º de maio.
O anúncio elevou os preços do petróleo à maior alta nos últimos seis meses por temores de uma crise de abastecimento, e os preços podem seguir altos devido a cortes no suprimento de petróleo iraniano.