Facebook fecha acordo para reformular anúncios acusados de discriminação
O Facebook concordou em mudar sua plataforma publicitária paga como parte de um amplo acordo para evitar práticas discriminatórias e prejudiciais, disseram na última terça-feira (19) a companhia e grupos de direitos civis dos Estados Unidos.
Pelo acordo, o Facebook criará um novo portal de publicidade para anúncios vinculados a ofertas de moradia, emprego e de crédito que limitarão as opções de segmentação para esse tipo de propaganda em todos os seus serviços, incluindo Instagram e Messenger, divulgaram os grupos em mensagem conjunta.
Segundo o comunicado, anunciantes da nova plataforma serão separados do sistema usado para divulgar outros conjuntos de serviços e não poderão segmentar conteúdo publicitário por idade, sexo, afinidade cultural ou código postal.
Além disso, a empresa se comprometeu a criar uma ferramenta que permita que os usuários pesquisem todos os anúncios imobiliários atuais listados nos Estados Unidos, independentemente de serem direcionados a eles.
"Há uma longa história de discriminação nas áreas de habitação, emprego e crédito, e esse comportamento prejudicial não deve acontecer por meio de propaganda no Facebook", disse Sheryl Sandberg, chefe de operações do Facebook, em comunicado separado.
Reclamações sobre discriminação baseada em publicidade paga têm perseguido a empresa desde 2016, quando a organização de notícias ProPublica relatou que os anunciantes poderiam segmentar as publicações no Facebook com base no trabalho autodeclarado do usuário, mesmo que a ocupação fosse "odiador de judeus".
Com o novo acordo, o Facebook se comprometeu a criar seu portal de anúncios até 30 de setembro e a implementar outras mudanças até o final do ano.