Felipão diz voltar para casa e lembra dificuldades com Palmeiras em 2012
O técnico Luiz Felipe Scolari foi apresentado oficialmente pelo Palmeiras nesta sexta-feira (3), na Academia de Futebol, e já estará à frente da equipe no jogo deste domingo (5), contra o América-MG, pelo Campeonato Brasileiro. O gaúcho recebeu das mãos do presidente Maurício Galiotte a camisa do clube com o número 3 (referente a sua terceira passagem pelo clube).
Com contrato até o final de 2020, o treinador se mostrou empolgado com seu retorno e quer repetir as boas campanhas que fez durante o período em que comandou o Palmeiras no passado.
"É com alegria e muita satisfação e orgulho que volto ao Palmeiras. Volto motivado e certo de que podemos ter uma boa equipe e que podemos ganhar muito mais coisa", disse Felipão.
O treinador que tem um currículo extenso, recheado de títulos nacionais, internacionais e pela seleção, lembrou das dificuldades que o time enfrentou em 2012, quando venceu a Copa do Brasil, mas acabou rebaixado no final do ano.
"Na última oportunidade que aqui estive (2012), éramos uma equipe itinerante. Jogávamos em Barueri, no Canindé, em Presidente Prudente... Não tínhamos nosso estádio, e hoje temos um estádio que é maravilhoso. Hoje, temos uma estrutura que, possivelmente, posso te dizer que vivi com uma estrutura assim em Londres, no Chelsea e mais nenhum lugar. É espetacular tudo que o Palmeiras pode dar aos seus jogadores e treinadores", lembrou o treinador.
A seleção brasileira também foi assunto na apresentação do treinador. Felipão disse não ter mágoas da repercussão da derrota do Brasil para a Alemanha, por 7 a 1. Sem citar nomes, ele falou que não foi o último treinador derrotado com a seleção, mas lembrou que foi o último treinador campeão.
“Último campeão mundial foi o Brasil em 2002 e eu estava junto naquela equipe. O último derrotado no campeonato mundial não fui eu. Já passou. Eu não sou o último derrotado no Mundial. O Brasil foi o quarto colocado no Mundial de 2014 e nós sabemos, todos vocês sabem, que ninguém vai mascarar a derrota que sofremos, mas a vida continuou.”
O atual técnico da seleção brasileira é Tite, desafeto de Felipão. Eles protagonizaram um episódio famoso durante um Dérbi, em 2012, em que houve bate-boca na beira do gramado do Pacaembu. Na ocasião, Tite disse que Felipão “falava muito”, durante semifinal do Campeonato Paulita daquela edição.
Apesar de ter vencido várias competições pelo time alviverde em disputa de mata-matas, como Copa do Brasil (1998 e 2012) e Libertadores (1999), o comandante afirmou que vai priorizar todas as competições.
"Não vamos priorizar nenhuma competição. Temos três e vamos disputar as três. Temos Brasileiro até o fim, Copa do Brasil e Libertadores tem que ganhar, se não você não continua. Não pode priorizar, tem que ganhar todas", afirmou o comandante.
Ciente de que precisa dar uma cara nova ao Palmeiras, Felipão sabe da exigência da torcida e busca conhecer bem seus jogadores para começar a acertar os pontos.
"O Palmeiras precisa de mim como técnico, por isso fui contratado. Preciso fazer dessa equipe competitiva o tempo todo. Não posso falar aqui, porque a ética não me permite falar alguma coisa. Preciso conhecer os atletas para ver como posso trabalhar. Acho que o Palmeiras, pelo convite que me fez, eu quero estar dentro e fora de campo."
Questionado sobre técnicos mais experientes substituírem os mais novos, como ele e Cuca, Felipão disse que os novatos ainda vão adquirir experiência para se tornarem vencedores.
"Falta trabalhar e adquirir experiência. Não é do dia da noite que um técnico é formado. São técnicos muito promissores que estão evoluindo normalmente, que vão passar por uma ou outra dificuldades que vão acrescentar no futuro."
"Murtosa está resolvendo uns problemas particulares, disse que não podia me acompanhar "não quero agora, preciso resolver minha vida e a partir de dezembro, janeiro, se eu tiver resolvido te aviso".