Folia continua no Anhembi, em SP | Folclore na avenida

Terceira maior campeã do Grupo Especial, a Mocidade Alegre passou pelo Anhembi na madrugada de hoje em busca de seu 11º título. E não será nenhuma surpresa caso ele se confirme. Com o enredo "Ayakamaé - As Águas Sagradas do Sol e da Lua", a escola impressionou ao explorar uma lenda dos povos da Amazônia.

Na história contada na avenida, o Sol e a Lua são amantes, mas nunca conseguiram se encontrar. A Lua então começa a chorar e, das suas lágrimas, o rio Amazonas nasce em toda sua riqueza e grandiosidade.

Considerada uma das favoritas ao título, a Mocidade Alegre trouxe 23 alas, cinco alegorias e 3.500 componentes, que protagonizaram um belo desfile assinado por uma comissão formada por quatro carnavalescos: Carlinhos Lopes, Neide Lopes, Paulo Brasil e Márcio Gonçalves.

De Parintins ao Anhembi

Uma das apostas da escola é a carnavalesca Neide Lopes, que integra a comissão da escola e já trabalhou no tradicional Festival de Parintins, do Amazonas. E a presença dela fez toda a diferença. O espírito do folclore e da festa amazônica se fez presente em cada detalhe do desfile, que ganhou um espírito diferenciado, mais "tribal" e orgânico.  

Comissão de frente encantou

Hipnotizante. O coreógrafo Jean Alex representou as forças da natureza teatralizando em cima de fantasias multicoloridas. Os detalhes das vestimentas e o preciosismo da produção, com forte uso de maquiagem e lentes de contato, encantaram. Isso sem falar das lindas fantasias folclóricas. Impossível tirar os olhos da comissão de frente da Mocidade.

Fantasias, alegorias e alegorias

Espere por várias notas dez nesses quesitos. Nenhuma escola do Carnaval paulistano caprichou tanto no visual até aqui. As fantasias emulavam em detalhes índios, animais e seres do folclore amazônico. Uma imensa riqueza de luxo e brilho em degradê. No chão e nas alegorias, cocares se fundiam a plumas e elementos das águas e da terra. O acabamento impressionou.

Coreografias

Uma ala de passistas vestidos de ver, com temas indígenas, protagonizou um momento inovação no desfile. Eles, que vinham à frente da bateria, "invadiram" o espaço dos ritmistas e se misturaram a eles, que trajavam vermelho. A dança criou um interessante efeito de cor e movimento. As coreografias, por sinal, estava presentes na maioria das alas.

Rainha participativa

Representando a dança do pajé, a rainha de bateria Aline Oliveira foi além do usual no comando da sessão. Já na parte final do desfile, ela subiu em uma plataforma e, por alguns momentos, atacou um surdo e participou ela também do coração rítmico da escola. Tudo correu como ensaiado, o que deve pesar na apuração pela criatividade.

Um único porém

A Mocidade precisou correr para terminar o desfile dentro dos 65 minutos regulamentares e, por isso, pode perder pontos em evolução. Apesar disso, a escola vem muito forte na disputa do título.

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