Gilmar diz que Jungmann tem que se pronunciar sobre atuação da PF em universidade
A investigação da Polícia Federal sobre um professor de jornalismo da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) por supostas críticas a uma delegada que comandou operações da Lava Jato já gera reação no STF (Supremo Tribunal Federal) e em outros meios jurídicos.
ESPANTO
“O ministro Raul Jungmann [da Segurança Pública] tem que se pronunciar”, diz o ministro Gilmar Mendes, do STF. “Um bom legado dele será instalar o Estado de Direito na PF.”
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“Eles [PF] não têm nenhum cuidado com a honra alheia e são tão cuidadosos quando criticam os seus”, segue Gilmar. “É de assombrar”, disse outro magistrado.
PALAVRAS
A PF abriu a investigação contra Aureo Mafra Moraes, chefe de gabinete da reitoria, depois de tomar conhecimento de um vídeo com entrevistas dadas por ele num evento da universidade.
CARTAZES
O professor não faz referência à PF. Mas cartazes atrás dele criticavam a Operação Ouvidos Moucos e “agentes públicos que praticaram abuso de poder contra a UFSC e levaram ao suicídio do reitor” Luiz Cancellier. Preso no ano passado, ele acabou se matando.
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Moraes passou a ser investigado sob suspeita de atentado contra a honra da delegada Erika Mialik Marena, que ordenou a prisão de Cancellier.
ÍMPAR
A reportagem da Folha circulou também em grupos de advogados. “Não bastasse a truculência da operação que levou à prisão e, posteriormente, por conta dela, à morte do reitor, agora querem sufocar a liberdade de crítica numa demonstração ímpar de autoritarismo”, diz o criminalista Alberto Toron.
OUTRO LADO
O ministro Jungmann não se manifestou. A PF de SC diz que recebeu representação “encaminhada por servidores públicos federais que se sentiram vítimas de possíveis crimes contra a honra em face de uso de faixas nas dependências da UFSC. Como em todos os inquéritos conduzidos pela PF, é pertinente esclarecer que são investigados fatos e não pessoas”.
QUATRO POR QUATRO
O quarteto de samba e choro Dedo de Moça se apresenta neste domingo (29), às 16h, no térreo do IMS Paulista; o grupo é formado por Ana Elisa Colomar, Ana Claudia César, Rosana Bergamasco e Cintia Zanco.
CLAQUETE
Um edital da Spcine para selecionar filmes inéditos recebeu 301 inscrições. O concurso foi lançado em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e a TV Cultura. Serão escolhidos 36 longas-metragens para serem exibidos na emissora paulista.
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“O número de inscritos mostra a quantidade de filmes brasileiros inéditos na televisão”, diz André Sturm, secretário da pasta.
PÁGINAS
O ex-presidente Lula assinou uma dedicatória agradecendo aos organizadores da obra “Lula Livre/Lula Livro” por ter recebido uma cópia da publicação. A obra, idealizada pelos escritores Ademir Assunção e Marcelino Freire, reúne textos inéditos de mais de 80 autores como Chico Buarque e Raduan Nassar.
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O livro teve metade de sua tiragem inicial de 200 exemplares perdida por estar em um carro que os traria de SP a Paraty, mas foi roubado.
A obra terá pré-lançamento neste sábado (28), na Flip, e será distribuído gratuitamente.
SEGUNDO CAPÍTULO
O jornalista Zeca Camargo, o ex-ministro Renato Janine Ribeiro, a filósofa Djamila Ribeiro e o editor Luiz Schwarcz foram à festa que a Companhia das Letras na quinta (26) na Flip (Festa Literária Internacional de Paraty). O escritor Alain Mabanckou e o colunista da Folha Ruy Castro também passaram por lá.
CURTO-CIRCUITO
O Baile do Dennis, festa carioca de funk, terá neste sábado (28) sua versão paulistana. A partir das 17h, no Anhembi.
A escritora Helena Cerello lança seu primeiro romance, “Ninguém Abandona o Paraíso Pela Porta da Frente”. Neste sábado (28), às 15h, na Casa da Porta da Porta Amarela, em Paraty.
O filme “Fôlego” estreia no domingo (29) no Festival de Cinema Latino Americano de São Paulo. Às 20h15 no CineSesc.
A cantora Paula Lima apresenta o show “Voz e Piano”, ao lado do pianista Naldo Ramos. Neste sábado, às 21h, no Auditório Ibirapuera.
COM BRUNA NARCIZO, BRUNO B. SORAGGI E JOÃO CARNEIRO