Gol do Brasil está entre os mais bonitos das oitavas da Copa

Não há uma votação, não há uma autoridade, não há ninguém responsável por escolher o gol mais bonito de determinada etapa desta Copa do Mundo.

Pois eu decidi me incumbir dessa agradável responsabilidade.

Nunca é demais rever os gols das partidas de Mundiais – gosto de assistir tanto aos deste como aos de anteriores.

Claro que a preferência é pelos golaços, só que nem sempre eles aparecem… Estiveram presentes nas oitavas de final na Copa da Rússia? Houve alguns bem bonitos.

Então elegi três gols, como feito na primeira, na segunda e na terceira rodada da fase de grupos, para que o leitor avalie e, se desejar, opine.

Há um gol do Brasil, um da Bélgica, adversária dos brasileiros na sexta (6), nas quartas de final, e um da França, possível adversária de brasileiros ou belgas na semifinal de terça (10).

Ei-los, na ordem cronológica.

1 – Benjamin Pavard, o segundo da França na vitória por 4 a 3 sobre a Argentina, no dia 30, em Kazan. (Aos 59 segundos do vídeo a seguir.)

Gol de Pavard (Reprodução/FifaTV)

Por que foi escolhido?

Pelo espetacular efeito que o lateral direito francês colocou na bola, sem precisar chutar violentamente, empatando o até então difícil jogo contra a Argentina de Messi. Um gol de rara de plasticidade, o primeiro do jogador de 22 anos pela seleção francesa. “Glorioso”, resumiu o narrador da Fifa.

2 – Neymar, o primeiro do Brasil na vitória por 2 a 0 sobre o México, no dia 2, em Samara. (Aos 49 segundos do vídeo a seguir.)

Gol de Neymar (Reprodução/FifaTV)

Por que foi escolhido?

Menos pelo oportunismo, mais pela jogada dele no gol. Neymar iludiu três mexicanos ao passar de calcanhar para Willian antes de correr para a pequena área a fim de desviar, de carrinho, chute que Gabriel Jesus, também de carrinho, não alcançou. “Vamos ver se o superstar consegue produzir algo especial aqui”, narrou o locutor da Fifa. Vimos. Produziu.

3 – Jan Vertonghen, o primeiro da Bélgica na vitória por 3 a 2 sobre o Japão, no dia 2, em Rostov. (Aos 45 segundos do vídeo a seguir.)

Gol de Vertonghen (Reprodução/FifaTV)

Por que foi escolhido?

Pelo improvável. Alguns vão achar que o camisa 1 japonês falhou feio. Não vejo assim. Considero que mesmo os melhores goleiros teriam dificuldade para defender a bola, que tomou inesperada trajetória após o cabeceio, sem ângulo, do zagueiro. Se Vertonghen fez de propósito ou não, aí é outra história. “Que cabeçada!”, surpreendeu-se o narrador da Fifa.

Não deveria. Gols que causam surpresa têm acontecido aos montes nesta Copa, repleta dos marcados contra e nos acréscimos do segundo tempo – só nas oitavas de final foram um e três, respectivamente.

Assim, meus votos são para que o próximo gol inesperado, pois em breve ele ocorrerá, seja contra a Bélgica, sendo o dia do “em breve” a sexta-feira desta semana.

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