Inteligência Artificial da Huawei vai ajudar a detetar deficiências visuais em crianças
A Huawei desenvolveu, em parceria com a Investigación Sanitaria Aragón (IIS Aragón) e a start-up espanhola DIVE Medical, o software Track Inteligência Artificial (AI). Esta tecnologia vai permitir detetar e diagnosticar sinais precoces de deficiência visual em crianças.
O software DIVE (Dispositivos para um Exame Visual Integral) é executado no Matebook E para monitorizar e rastrear cada olho, enquanto o paciente observa estímulos projetados onde são testados diferentes aspetos da função visual. Os dados recolhidos são processados no smartphone Huawei P30, utilizando o algoritmo Huawei HiAI.
Victoria Pueyo, oftalmologista pediátrica da DIVE Medical, revelou acreditar que com o apoio da Huawei será possível atingir o objetivo de desenvolver uma ferramenta capaz de avaliar a função visual em crianças e identificar pessoas com deficiências visuais. A DIVE ambiciona “implementar esta tecnologia globalmente e atender a todo o tipo de deficiências visuais”.
Em comunicado, a empresa chinesa afirma que “com a tecnologia do Huawei P30 e o Huawei HiAI, a iniciativa Track IA cria um dispositivo fácil de utilizar, portátil e acessível para identificar este tipo de problemas nas crianças o mais rápido possível e a partir dos seis meses de idade”.
Peter Gauden, especialista em tecnologia da Huawei, considera que “no passado os smartphones não eram suficientemente poderosos para processar algoritmos complexos baseados em IA, pois os dados precisavam de ser enviados para uma cloud para serem processados”. Na opinião do especialista, "a comunicação de e para a cloud torna o processamento de IA lento e inútil sem uma rede", no entanto “a nova tecnologia Track IA combina o que há de melhor na máquina da Huawei e na tecnologia de processamento de IA num dispositivo com pesquisas e perceções concretas da IIS Aragon e da DIVE Medical”.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, existem 19 milhões de crianças no mundo com deficiência visual, das quais 70 a 80% podiam ser curáveis. Algumas das deficiências visuais menos graves, que afetam 12,8 milhões de crianças, seriam facilmente evitáveis. No entanto, na maioria dos casos essas crianças permanecem sem diagnóstico durante anos, resultando em danos mais graves para a visão.
Não é a primeira vez que a Huawei utiliza tecnologias de Inteligência Artificial no apoio a portadores de doença visual. Anteriormente, tinha criado a app Facing Emotions, que traduz em sons as expressões faciais, permitindo às pessoas cegas sentirem as emoções das pessoas com quem conversam.