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A Polícia Civil fluminense tenta prender três suspeitos no caso do desabamento de dois prédios na comunidade da Muzema, na zona oeste do Rio de Janeiro. A tragédia, que ocorreu em 12 de abril, matou ao menos 20 pessoas.
A Justiça informou hoje que foram expedidas três ordens de prisão temporária (30 dias) sob acusação de homicídio com dolo eventual. O trio foi responsável por construir e comercializar as unidades que ruíram, de acordo com as investigações.
Segundo informações da 16ª DP (Barra da Tijuca), que apura as circunstâncias do desabamento, José Bezerra de Lima, o Zé do Rolo, Renato Siqueira Ribeiro e Rafael Gomes da Costa são considerados foragidos.
A titular do distrito policial, Adriana Belém, afirmou hoje que sobreviventes identificaram os três suspeitos, apesar do medo de possíveis retaliações, já que a região da Muzema é controlada por milicianos.
Adriana disse que o reconhecimento foi fundamental para a decretação das ordens de prisão. Na versão da delegada, inicialmente, as vítimas não se sentiam confortáveis para colaborar com a polícia devido ao temor de represálias. Foi o primeiro contato dos investigadores com as testemunhas.
As milícias, dominantes em algumas regiões da zona oeste carioca, são conhecidas por intimidar ou mesmo matar pessoas que tentam denunciá-los.
De acordo com a Polícia Civil, Zé do Rolo foi responsável por construir os imóveis que desabaram. Já Renato Siqueira Ribeiro e Rafael Gomes da Costa seriam os corretores responsáveis pela venda.
Uma semana após a tragédia, três pessoas ainda são consideradas desaparecidas. Dezoito foram encontradas sem vida em meio aos escombros. São quatro homens, nove mulheres, quatro menores de idade do sexo masculino e um do sexo feminino.
Duas vítimas chegaram a ser levadas para hospitais, mas não resistiram aos ferimentos.
Medo de moradores da Muzema de se exporem afeta trabalho da polícia
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