Michael Klein amplia investimentos imobiliários
O empresário Michael Klein planeja ampliar investimentos imobiliários iniciados nos tempos em que a família possuía as Casas Bahia.
Klein vai alocar cerca de R$ 200 milhões em condomínios logísticos no interior de São Paulo, e por volta de R$ 600 milhões em quatro ou cinco anos na Bahia, em uma área de 700 mil m².
O empresário ainda tem mais duas áreas em vista, ao menos uma delas em São Paulo, que ainda não podem ser divulgadas.
Ao vender a rede de eletrodomésticos para o Grupo Pão de Açúcar, em 2010, Klein ficou com 292 imóveis onde se localizavam lojas do grupo.
Hoje, são 440 edificações, entre lojas de rua e de shoppings, participação em hotéis, fundos imobiliários e os galpões —um total de mais de 2 milhões de m² construídos, o equivalente a cerca de 270 campos de futebol.
A área imobiliária do Grupo CB —por não deter mais a marca Casas Bahia, a família Klein usa só as iniciais da sua antiga grife— acaba de ganhar um novo nome, Icon Realty.
Com ela, Klein pretende dar mais ênfase a condomínios logísticos.
O primeiro lançamento, em Itapevi (SP), teve investimento de R$ 120 milhões. Quatro dos cinco galpões projetados já foram entregues.
Em Cajamar (SP), a empresa constrói um condomínio logístico de 78 mil m² quadrados em dois galpões. A obra está em fase de terraplanagem e deverá ser concluída em 18 meses.
Apesar de certa preocupação com a economia para futuros empreendimentos, Klein afirma que a taxa de ocupação está em bom patamar. “Um dos nossos novos condomínios logísticos já está 70% ocupado”, exemplifica.
“Vamos continuar com o que sabemos fazer: comprar bem os imóveis, com boa localização e construir lojas e centros de distribuição.”
Outra iniciativa de Klein em expansão é na aviação executiva, com a Icon Aviation. O Grupo CB faturou R$ 450 milhões em 2017.
Grupo CB
Área de imóveis
Icon Realty
2010: 292
2018: 440, com 2 milhões de m²
Condomínios logísticos
Itapevi (SP)
Investimento de R$ 120 milhões
Cajamar (SP)
R$ 200 milhões(inclui terreno)
Camaçari (BA)
R$ 600 mi (em quatro anos)
Aviação executiva
Icon Aviation
13 aviões
4 helicópteros
4 turbo-hélices
Número de empresas inadimplentes sobe 7% em junho
O total de empresas com o nome sujo cresceu 7,8% em junho, na comparação com o mesmo período de 2017, segundo o Serasa Experian.
O dado foi influenciado pela alta de micro e pequenos negócios (de 9,5%). O número médias e grandes corporações que deixaram de pagar suas dívidas, contudo, teve redução de 2,5%.
“A estagnação da economia e a paralisação dos caminhoneiros foi determinante para o resultado, especialmente os do comércio e serviços, setores de cerca de 90% dos inadimplentes”, afirma Luiz Rabi, economista-chefe do birô.
As médias e grandes tiveram melhor desempenho, segundo ele, porque têm mais acesso a crédito. As companhias exportadoras, beneficiados pela alta recente do dólar, também costumam ser de maior porte.
“Elas são apenas 6% do indicador e estão concentradas em setores com melhor performance. São poucas as empresas ligadas à cadeia de commodities que são de menor tamanho, por exemplo.”
A tendência é que o dado se estabilize no segundo semestre, de acordo com Rabi. “Entre agosto e outubro haverá algum aquecimento da indústria por conta do natal.”
Melhora que vem de fora
Cerca de 43% das multinacionais brasileiras trazem para o país produtos inéditos desenvolvidos no exterior, segundo a CNI (Confederação Nacional da Indústria) e a Funcex (Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior.)
O percentual é o mesmo do das filiais brasileiras de companhias estrangeiras, afirma Fabrizio Panzini, da CNI.
“Há um receio de criar políticas para apoiar o investimento de empresas daqui em outros países. Aportes lá fora também têm um impacto local, empregos de maior qualidade e mais produtividade.”
Uma em cada cinco multinacionais brasileiras desenvolvem localmente produtos que são inéditos no mundo, segundo a confederação. Entre as nacionais que não exportam, o percentual é de 9%.
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com Felipe Gutierrez, Igor Utsumi e Ivan Martínez-Vargas